Marina Silva disse que não vai usar o fato de ser evangélica para pedir votos.
Mesclando política e religião ao longo do discurso, a candidata à presidência da República pelo PV, Marina Silva, dividiu a opinião dos evangélicos em encontro com cerca de 70 lideranças religiosas em Bauru (SP), na manhã desta quinta-feira (29).
A pastora da comunidade cristã Vencedores em Cristo, Regina Cardoso, acredita que "a posição dela como evangélica é uma coisa e como política é outra, são coisas contraditórias". "Somos orientados pela Bíblia e quando você professa (política) em nome de Jesus fica complicado", disse. Sara Rodrigues, outra pastora da mesma comunidade, também defende a separação entre os temas. "Ela (Marina) quer falar de religião com política e iss não é bom, seria melhor se separasse", afirmou.
Já o pastor da 3ª Igreja Presbiteriana Independente de Bauru, Kleuber Leal da Silva, não vê problemas em abordar política e religião de maneira conjunta. "Muitos cristãos tem receio de misturar religião e política (...) mas tendo uma pessoa firme como ela vamos ganhar muito", afirmou.
Na mesma linha de pensamento, o pastor da Assembleia de Deus - Missão Mundial Bauru, Denílson de Lima concorda que a igreja tem papel importante no período eleitoral. "Acho que a igreja não pode ser omissa e deve orientar o voto por que cuida da parte social da comunidade, (...) pastor é uma pessoa pública e a igreja é um bem publico que Deus deixou", enfatizou.
Por fim, o pastor Edson Valentin, presidente do Conselho de Pastores Evangélicos de Bauru disse que "apesar de ser contra o voto de cabresto, o pastor tem que orientar suas ovelhas no sentido de mostrar o programa de governo, o passado do político do candidato". Edson afirmou que pretende votar na senadora, mas garantiu que não comentar a escolha no púlpito. "Mas se alguém vier me perguntar eu falo", admitiu.
Discurso
Durante o discurso em Bauru, Marina disse que não vai usar o fato de ser evangélica para pedir votos, mas lembrou da importância dos cristãos na corrida eleitoral. "Quero que todos saibam o que a senadora Marina Silva pensa sobre saúde e educação. E peço que todos levem essa mensagem", enfatizou.
A candidata do PV voltou a lembrar que "o Brasil não precisa nem continuador nem de opositor". "Quando você é continuador por continuador parece que está tudo dentro do perfeito. Quando é opositor por opositor coloca tudo na lata do lixo", afirmou, lembrando que é a única presidenciável que precisa do eleitor.
Marina citou o profeta Abraão, "que aos cem anos plantou um bosque (..) nós devemos seguir o exemplo dele, que plantou o boque para futuras gerações", durante a conversa com as lideranças.
Questionada sobre o aborto e o casamento entre homossexuais, a candidata disse que "não quer ficar 'satanizando' quem é contra ou a favor", prefere o plebiscito. Ela lembrou ainda que com esse debate, pode desagradar tanto quem é homossexual quanto quem é da igreja.
Aplaudida, a senadora também comentou sobre sua plataforma de governo, focando temas como segurança e saúde. "Eu sei que aqui o grave problema é o da segurança, que nossos jovens estão sendo devorados pelo crack". Por fim, ressaltou os baixos salários dos policiais e prometeu ainda fazer a reforma da segurança pública.
Marina cumpriu a agenda em Bauru acompanhada do candidato ao Senado pelo PV, Ricardo Young, do candidato a vice-governador, Rogério Menezes, e do presidente do PV em São Paulo, Maurício Brusadin. No início da tarde, Marina Silva visitará o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP e depois participará da inauguração de mais uma Casa de Marina.
Fonte:http://news.noticiascristas.com
Postado em 03 de agosto de 2010
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