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Estudante cristã é morta em Bangladesh

A jovem cristã Rukhia Raut, de 23 anos, sofreu agressão sexual e depois foi morta por extremistas islâmicos. Ela era de uma família pobre do Norte de Bangladesh e cursava...

sábado, 31 de outubro de 2020

O difamador é uma péssima companhia



Nesse mundo, devemos tratar bem a todos, se quisermos também ser bem tratados.
Isso independe de aproximação, ou afinidade com as pessoas!
Agora quanto a confiança até um certo limite, aí sim, podemos fazer nossas escolhas.
O que deve nos causar cuidado redobrado, sinceramente, é com aqueles que se aproximam da gente e sua "especialidade", por incrível que pareça, não é discordar sobre comportamentos, mas é por má fama naqueles com os quais não se afinam, ou os invejam, por algum motivo.
Na minha modéstia visão, todo aquele que assim procede, não é digno de credibilidade, mas da misericórdia de Deus para que venha ser liberto dessa prisão diabólica.
E, se você não se encontra fazendo parte desse grupo, graças ao Altíssimo, todavia, vigie e ore, pois nenhuma pessoa enquanto aqui viver, não está totalmente livre desse laço infernal, que tem escravizado muita gente! 
Portanto, mantenhamos distância desse tipo de "amizade", que apenas faz mal. 

 Em Cristo, 

 Tadeu de Araujo 

Postado: 31 de outubro de 2020

O que é Cristofobia?

Entenda a diferença entre os termos cristofobia, perseguição, intolerância e vilipêndio religioso


O termo cristofobia trata da aversão a Cristo e ao cristianismo ou da perseguição experimentada por cristãos. Não há uma definição universalmente aceita quanto a perseguição. Cortes, legisladores e estudiosos abordaram o conceito sob diferentes perspectivas. A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, adotada em 1951, não define a perseguição.

 No entanto, a Lista Mundial da Perseguição, relatório anual que respalda o trabalho da Portas Abertas, define perseguição religiosa como qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo. Isso pode incluir atitudes hostis, palavras e ações contra cristãos.

 A perseguição religiosa ocorre de várias formas. Quando não há direitos de liberdade religiosa garantidos ou quando a conversão ao cristianismo é proibida por ameaças do governo ou grupos extremistas. Além disso, também pode se dar quando cristãos são forçados a deixar suas casas ou empregos por medo da violência que pode alcançá-los. Pode ocorrer ainda ao serem agredidos fisicamente, mortos por causa da fé, presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.

 A cada ano, a perseguição aos cristãos se intensifica no mundo todo. Atualmente, mais de 260 milhões de pessoas no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado de sua identificação com Jesus Cristo. Isso faz com que o número de cristãos com medo de ir à igreja ou que já não têm uma igreja aonde ir aumente, bem como daqueles que têm de escolher entre permanecer fiel a Deus ou manter os filhos seguros.

 Existe cristofobia no Brasil?

 Muitos cristãos sírios deixaram o país devido à perseguição religiosa expressada em meio à guerra

 De acordo com a rede de notícias BBC, no Brasil, a chamada cristofobia também tem sido usada para se referir a episódios de preconceito e discriminação contra evangélicos, embora não exista no país um sistema estruturado de perseguição violenta contra esse setor religioso.

 Segundo o Irmão André, fundador da Portas Abertas, "perseguição não se refere a casos individuais, mas a quando um sistema político ou religioso tira a liberdade dos cristãos ou seu acesso à Bíblia, restringe ou proíbe o evangelismo de jovens e crianças, atividades da igreja e de missões". Para ele, não é legítimo usar o termo perseguição para descrever uma tragédia individual que ocorre em uma sociedade que concede liberdade religiosa. É um termo que deve ser reservado para comunidades inteiras que enfrentam campanhas organizadas de repressão e discriminação, como em muitos países do Oriente Médio.

 "Há casos isolados de preconceito, mas, no nosso contexto, não consideramos que exista no Brasil uma perseguição estruturada e sistemática contra cristãos, como em outros países. Nós podemos expressar nossa fé livremente, ninguém é expulso de algum local por ser cristão, nenhuma pessoa morre ou é presa no Brasil por ser cristã", explica Marco Cruz, secretário-geral da Missão Portas Abertas. Segundo essa declaração, não consideramos o Brasil como campo para o ministério específico da Portas Abertas, que é de apoio à Igreja Perseguida.

 Quais países sofrem com a cristofobia?


 A Portas Abertas investiga a situação da Igreja Perseguida desde os anos 1970, porém, há mais de 25 anos publica a Lista Mundial da Perseguição, uma das principais ferramentas para monitorar e medir a dimensão da perseguição aos cristãos no mundo. Para caracterizar o nível de perseguição, é realizado nos países um questionário que cobre cinco esferas da vida (vida privada, família, comunidade, nação e igreja) e violência, com resultados entre 0 e 100.

 Os países que pontuam entre 81-100 são considerados com perseguição extrema, entre 61-80 com perseguição severa, entre 41-60 com perseguição alta, e entre 0-40 com perseguição variável. A Lista Mundial da Perseguição resume-se apenas aos primeiros 50 colocados. Os países com perseguição variável não entram na classificação, no entanto, aqueles com pontuação acima de 41, entram para a lista de países em observação.

 Entre os 10 primeiros colocados, estão a Coreia do Norte, que ocupa o 1º lugar desde 2002; países islâmicos, como Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão e Eritreia; e a Índia. No Top 50, a Ásia sai na frente como o continente com mais países na Lista Mundial da Perseguição, um total de 30. A África fica em segundo lugar, com 19, e a América Latina em terceiro, apenas com a Colômbia.

 O que é vilipêndio religioso?

 No Vietnã, além dos familiares e comunidade, o governo também é uma fonte de perseguição por causa da fé em Jesus

 Ainda dentro do contexto de cristofobia, existe o vilipêndio religioso. Vilipêndio é o ato de tornar algo ou alguém vil, rebaixado, indigno. O vilipêndio religioso é crime e consiste no fato de escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.

 No Brasil, a pena definida para esse ato é detenção, no período de um mês a um ano, ou multa. Caso haja emprego de violência, a pena é aumentada em um terço. O vilipêndio religioso se difere da intolerância religiosa, já que a última é resultado de um longo processo histórico, em que uma pessoa enfrenta perseguição, ofensa e agressão por expor a fé em qualquer região do mundo.

Postado: 31 de outubro de 2020

RELATORIO DA OBRA MISSIONÁRIA EM HONDURAS

Miss Pr. Pedro Tavares nos fala da obra missionária


RELATORIO DA OBRA MISSIONÁRIA EM HONDURAS

 Período: Agosto a Outubro de 2020

 A SEMADEAL (Secretaria Executiva de Missões das Assembleias de Deus em Alagoas) transcreve nesta matéria o relatório do nobre Missionário Pr. Pedro Tavares Cavalcante.

 * * * *


 Palavras do Missionário:

 "Então Samuel tomou uma pedra, e a pôs entre Mizpá e Sem, e lhe chamou Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor" (l Samuel 7.12).

 Nossos cumprimentos com a doce Paz do nosso Senhor Jesus Cristo, a toda a igreja de Deus no nosso Estado de Alagoas na pessoa do nosso Pastor Presidente: Reverendo José Orisvaldo Nunes de Lima, ao nosso Conselho de Missões, e a nossa SEMADEAL.

 Nesse breve relatório queremos informar aos amados irmãos de como anda a obra do Senhor aqui em Honduras.

 Pela graça de Deus recebemos autorização do Governo para reabrirmos os nossos templos, e desde a segunda quinzena do mês passado (Setembro) que estamos funcionando. A princípio, com muitas restrições, sem contar com a preocupação de alguns irmãos para não sair de suas casas. Mas pouco a pouco está melhorando a freqüência nos nossos cultos pela grande Bondade de Deus. (segue fotos)

 Quanto a nossa congregação, que está no Bairro 03 de Outubro, reabrimos já este mês, porque tivemos que fazer um melhoramento. (segue fotos)

 Também informamos que resolvemos o problema do Carro (Van) da Igreja, graças a ajuda enviada pelo nosso Pastor Presidente para esse fim, foi possível adquirir um novo veículo como mostra a foto anexada a este relatório.

 Aqui seguimos com a graça de Deus, realizando a obra para a qual Ele nos chamou e pela Sua infinita misericórdia, temos orado por novas vidas.

 Pedidos de oração:

  •  Por nós, para que o Senhor nos mantenha sempre com saúde. 
  •  Pela Igreja, para que o Senhor os conserve firmes na fé e com saúde. 
  •  Pelos nossos obreiros e para que o Senhor mande mais obreiros para sua seara. 
  •  Pela salvação de almas. 
  •  Pela expansão da obra. 
Agradecimentos: 

 Ao nosso Pastor Presidente, Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima, pela confiança, apoio e pelas orações.
 Ao nosso Conselho de Missões, todo o nosso Ministério e a toda Igreja do Senhor no nosso Estado de Alagoas que ora e contribui carinhosamente para a nossa manutenção no Campo Missionário.
 Comayagua, 27 de outubro de 2020.

 Pr. Pedro Tavares Cavalcante

Postado: 31 de outubro de 2020

Pr. Carlos Feitosa conta como foi o 8º Aniversário da Obra missionária na Bolívia. Assista ao vídeo!

A igreja celebrou a data apesar das ameaças de convulsão no país


Saudações de paz e notícias de terras remotas.

 Primeiramente, agradecemos o total apoio que recebemos do nosso pastor-presidente Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima e da Secretaria de Missões, nas pessoas dos pastores Carlos Gomes e Sebastião de Oliveira, presidente do Conselho de Missões e secretário executivo de Missões, respectivamente.

 Este fim de semana, comemoramos o oitavo aniversário da obra missionária na Bolívia. Apesar das ameaças de bloqueios e de convulsão no país, realizamos a celebração. Deus tem sido generoso com sua obra neste lugar e tudo transcorreu bem para a glória do seu nome.

 Dentre os participantes, estavam cerca de 20 pessoas que fazem parte de uma igreja que fundei há 16 anos atrás e que vieram acompanhando seu atual pastor. Todos os demais participantes são do nosso ministério, que se encontra atuando em Montero e Santa Cruz de la Sierra.

 A festividade teve como tema: “Frutificar é nossa missão”, inspirado em Jo 15.16. O lema apresentado foi: “Estender o território é nossa grande comissão”.


 Não houve decisões para Cristo, uma vez que não haviam pessoas não crentes. Isso aconteceu em razão do temor da população ao novo coronavírus, que ainda é uma constante na vida das pessoas neste país.

 Rogo ao orações da igreja tem favor da Bolívia, pois a esquerda está voltando ao poder em alguns dias e estamos a um fio de se estabelecer um governo socialista-comunista no país. 

 Pr. Carlos Feitosa

 Missionário na Bolívia


 Assista ao vídeo:


Postado: 31 de outubro de 2020

domingo, 18 de outubro de 2020

Igrejas pedem oração pelos cristãos da Argélia

Diversas igrejas têm sido fechadas no país e os cristãos oram para que os fechamentos cessem


O Dia Internacional de Oração pelos cristãos da Argélia marca um ano do fechamento das maiores comunidades cristãs do país

 Um grupo de igrejas na Argélia estabeleceu o dia 18 de outubro como o Dia Internacional de Oração pelos cristãos do país. A data relembra o primeiro aniversário do fechamento das duas maiores comunidades cristãs do país em Tizi-Ouzou e Makouda, em 2019. Na ocasião, muitos cristãos foram retirados à força dos prédios e presos.

 Em agosto de 2020, um pedido para reabrir as igrejas foi rejeitado pelo tribunal administrativo em Tizi-Ouzou. A decisão foi baseada na lei de 2006, que prevê a necessidade de uma permissão para que templos não-muçulmanos funcionem. A comissão responsável por gerenciar esses pedidos não está operando e não concedeu a permissão a nenhuma igreja solicitante até agora. Sendo assim, as igrejas começaram a alugar prédios e informar às autoridades locais sobre os propósitos deles.

 No ano passado, o governo instruiu os funcionários que reprimissem severamente as igrejas “rebeldes” do país. Até agora, 13 igrejas permanecem fechadas. A Portas Abertas noticiou o fechamento dos prédios, pediu aos governantes que reabrissem as igrejas fechadas e que retirassem as acusações contra elas. Além disso, solicitou também que a comissão responsável por emitir a autorização de funcionamento retome as operações e administre os pedidos pendentes de forma eficiente e justa.

 Pedidos de oração

  •  Interceda por todas as igrejas do país, para que sejam reabertas e continuem compartilhando a palavra de Deus. 
  • Clame para que os governantes da Argélia, sobretudo a comissão, tenham sabedoria e compromisso com a justiça na tomada de decisões em relação aos cristãos. 
  • Peça que Deus fortaleça os cristãos e que eles sejam cheios de coragem e amor para testemunhar o amor de Jesus.
Postado: 18 de outubro de 2020

Advogados e ativistas se manifestam contra decisão do judiciário do Irã

O casal perdeu a guarda da filha adotiva em julho por frequentar uma igreja doméstica (foto: Article18)


A justiça havia decidido tirar a guarda da filha adotiva do casal cristão ex-muçulmano

 Advogados e ativistas escreveram uma carta aberta ao chefe do judiciário do  Irã, pedindo para que a decisão de tirar a guarda de Lydia dos pais adotivos, Sam Khosravi e Maryam Falahi, fosse derrubada. A Portas Abertas noticiou quando a justiça decidiu tomar a criança do casal, em 19 de julho, alegando “não serem adequados para serem os pais dela”, por se tratarem de cristãos convertidos que frequentam igrejas domésticas. A sentença foi mantida em uma apelação em 22 de setembro e um novo recurso foi pedido em 13 de outubro.

 A carta assinada por 120 pessoas, e publicada pelas agências de notícias Borna e Ensaf, com sede no Irã, pede que o chefe do judiciário, Ebrahim Raisi, anule o veredito, alegando que a decisão vai contra os direitos nacional e internacional. O documento também afirma que o Irã tem o dever de considerar o bem-estar da criança, e que a própria Constituição do país não cita religião ao dizer quem é elegível para adotar um menor.

 Segundo o site britânico Article18, a carta também enfatiza os direitos assegurados na Constituição do país, em que há “igualdade de todos os cidadãos iranianos, independente de sua raça, língua ou religião, de tal forma que pertencer a uma religião particular nunca possa ser uma fonte de superioridade ou discriminação”. A lei maior considera apenas os aspectos humanos e morais para solicitar a guarda de uma criança, independentemente de religião.

 Os advogados e ativistas que assinaram a carta observam que os cristãos são cidadãos "bem-respeitados" e "honrados", que foram considerados de bom caráter na cidade onde moram e também pela organização que lhes concedeu a custódia de Lydia. Eles pedem que Raisi emita uma ordem para impedir a execução da sentença e tome uma decisão que anule vereditos futuros. Os advogados e ativistas acreditam que ao seguir com o que é pedido na carta, o chefe do judiciário “mostrará a importância da justiça no Irã no reconhecimento dos direitos individuais, além de garantir proteção para as crianças na sociedade”.

 Pedidos de oração
  •  Ore pela vida do casal, para que a paz de Cristo esteja com eles. 
  • Clame a Deus para que o recurso seja aceito e Lydia retorne ao lar junto com os pais. 
  • Interceda pelos governantes do Irã, para que eles tenham sabedoria para liderar o país visando o bem de toda a população, sobretudo a segurança e proteção das crianças.
Postado: 18 de outubro de 2020

Cristão ex-muçulmano é chicoteado por beber vinho no Irã

O cristão foi condenado em 2016, mas só agora está cumprindo a pena recebida (foto: Article18)


O cristão ingeriu a bebida durante a santa ceia, mas as autoridades o julgaram, ignorando a nova fé dele

 O cristão ex-muçulmano Mohammad Reza (Youhan) Omidi foi chicoteado 80 vezes no dia 14 de outubro, por beber vinho como parte da santa ceia, no Irã. É ilegal que os iranianos muçulmanos bebam álcool, mas exceções são feitas para minorias religiosas reconhecidas, incluindo os cristãos. No entanto, o Irã não reconhece os convertidos do islamismo como cristãos e a atitude de Omidi foi vista como contrária à lei, resultando na punição física.

 De acordo com o site britânico Article18, essa falta de reconhecimento também é a razão pela qual Omidi passou os últimos dois anos na prisão e, agora, vive em exílio interno. Ele tem filiação com uma igreja doméstica, que é o único tipo de comunidade para cristãos ex-muçulmanos no Irã. Há um mês, o seguidor de Jesus está exilado na cidade de Borazjan, no sudoeste do país. Porém, em 10 de outubro, ele recebeu uma intimação das autoridades de Rasht, sua cidade natal, para viajar de volta para casa às próprias custas, e receber as chicotadas.

 O seguidor de Cristo e dois colegas membros da igreja, Mohammad Ali (Yasser) Mossayebzadeh e Zaman (Saheb) Fadaee, foram condenados às 80 chicotadas em setembro de 2016 pelo tribunal de Rasht, mas só agora a pena recebida foi cumprida. Essa punição, que acompanha uma sentença de 10 anos, foi imposta a eles e ao pastor Yousef Nadarkhani por um tribunal em Teerã.

 Essa não foi a primeira vez que o cristão foi punido dessa maneira. Em 2013, ele também levou 80 chicotadas, ao lado de outro membro da igreja e pela mesma razão: eles beberam vinho durante a celebração da santa ceia. No entanto, nas duas ocasiões, amigos dele dizem que estava grato pela clemência mostrada por aqueles que executaram a sentença, depois que ele explicou a eles que não tinha agido com impropriedade, mas que estava compartilhando um cálice de vinho como um ato de adoração a Deus.

 Pedidos de oração

  •  Ore para que os cristãos ex-muçulmanos no Irã sejam reconhecidos e possam celebrar a santa ceia. 
  • Interceda pela vida de Omidi, para que a paz de Cristo esteja com ele, e que continue a propagar o evangelho. 
  • Clame pelos líderes governamentais do Irã, para que Deus os visite e tenham sabedoria para liderar o país visando o bem de toda a população.
Postado: 18 de outubro de 2020

Novos conhecimentos ajudam viúva cristã a sonhar novamente

Peninah recebeu ajuda com alimentos durante a pandemia de COVID-19 e ainda ganhou uma máquina de costura para começar os trabalhos

Peninah foi incentivada a descobrir os talentos pessoais e a trabalhar para mudar a realidade de onde mora

 Hoje é o Dia do Professor e a Portas Abertas agradece a todos que compartilham com os alunos a causa da Igreja Perseguida. Nesta data, também lembramos daqueles que trabalham nos treinamentos, capacitações e alfabetização dos cristãos perseguidos e pedimos a todos que orem pelo fortalecimento e proteção deles. Por meio do conhecimento, muitos seguidores de Jesus estão sendo encorajados a continuar a jornada de testemunhar o amor de Deus.

 Peninah é uma das cristãs que viu a vida mudar completamente após a morte do marido, Paul, em 2018, no Quênia. Ele e outros colegas de trabalho foram abordados por militantes doAl-Shabaab, mas por não saber recitar um trecho do Alcorão e ter a fé em Jesus, o cristão foi morto. A jovem viúva de 26 anos ficou sem entender os planos de Deus para a vida dela, mas encontrou esperança de dias melhores, quando aprendeu a costurar.

 Esperança em meio ao luto

 Logo que perdeu o esposo, Peninah precisou conseguir sustento para ela e o filho, já que os parentes negaram ajuda. “A vida ficou difícil, eu lutei porque estava sozinha, fiquei sem ninguém para me ajudar. Até conseguir comida era um desafio”, testemunha. Foi então, que conheceu a Portas Abertas e passou a cursar costura e alfaiataria. Ela também participou de um treinamento sobre perseguição e de um seminário sobre trauma.

 “O treinamento ajudou a curar minhas feridas, a compartilhar meu sofrimento e aceitar que o Senhor conduzisse a minha vida. O que ficou comigo desde os seminários é que todas as adversidades pelas quais passamos não aconteceram porque Deus nos deixou, mas porque há uma razão. Conversar com as pessoas restaurou minha alegria e aumentou a minha fé, que quase perdi, porque o que aconteceu foi muito pesado para mim”, explica a cristã.

 Novos conhecimentos e novos propósitos

 Além da fé fortalecida, Peninah agora cursa uma faculdade de Design de Moda e pretende ter o próprio negócio. “Quero chamar minha loja de Fadhili za Mungu (o favor de Deus) ou Novos Designers de Moda. Gostaria de tornar as roupas mais acessíveis às pessoas da minha aldeia”, explica a cristã. Durante a pandemia de COVID-19, a jovem mãe teve que interromper os estudos. A família de Peninah foi ajudada com alimentos e ela ganhou uma máquina de costura para começar a trabalhar.

 A cristã agradeceu a todos que têm apoiado ela e os familiares há tantos anos, e deixou uma palavra de ânimo a todos que estão enfrentando a perseguição por amor a Jesus: “Eu gostaria de dizer a eles que sejam fortes e orem, esta situação não é permanente, é o caminho da vida. Um dia a alegria vai voltar”. 

Pedidos de oração

  •  No Dia do Professor, agradeça a Deus por todos que dão as vidas para ensinar. Peça que eles sejam abençoados e cheios de sabedoria e força. 
  • Clame pela vida de Peninah, para que Deus realize a boa, agradável e perfeita vontade na vida dela. 
  • Ore por outros cristãos que estão vivendo o luto e precisam manter a confiança na soberania de Deus. Que estejam abertos para aprender o que o Senhor deseja ensinar.
Postado: 18 de outubro de 2020

China e Cuba entram no Conselho de Direitos Humanos da ONU, apesar da perseguição religiosa

De acordo com a ‘UN Watch’, a porcentagem de não-democracias no Conselho de Direitos Humanos da ONU agora aumentou para 60% dos assentos.


 Países envolvidos em em violações da liberdade religiosa, como China, Rússia, Paquistão e Cuba, foram eleitos pela Assembleia Geral das Nações Unidas para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, de 47 membros, recebendo críticas de grupos de direitos humanos.

 Na última terça-feira (13), a Assembleia Geral de 193 membros elegeu 15 países para servir em seu principal órgão de proteção dos direitos humanos em todo o mundo para os mandatos daquele ano. O conselho não apenas propõe resolução sobre questões de direitos humanos, mas também supervisiona investigações sobre violações da liberdade religiosa.

 Entre os países eleitos para o painel estão aqueles incluídos pelo Departamento de Estado dos EUA em sua lista de países de particular preocupação por violações de liberdade religiosa ou em sua "lista especial de observação" de países que praticam ou toleram violações graves de liberdade religiosa.

 Os assentos no Conselho de Direitos Humanos são alocados por região. De acordo com a Associated Press, a maioria dos 15 membros eleitos para o conselho na terça-feira foi eleita em disputas não contestadas.

 Rússia e Ucrânia venceram as cadeiras do Leste Europeu, enquanto México, Cuba e Bolívia conquistaram três vagas abertas para a região da América Latina / Caribe.

 Em uma corrida disputada de cinco maneiras, a China — que supostamente deteve mais de 1 milhão de uigures e outros muçulmanos étnicos no oeste da China, além de manter campos de reeducação política, onde tortura física e psicologicamente prisioneiros de consciência — derrotou a Arábia Saudita

 Antes da eleição de terça-feira, grupos de direitos humanos pediram aos Estados membros da ONU que se opusessem à eleição da China, Rússia, Arábia Saudita, Cuba, Paquistão e Uzbequistão, dizendo que os registros de direitos humanos desses países os tornam "desqualificados".

 De acordo com o UN Watch, a porcentagem de não-democracias no Conselho de Direitos Humanos da ONU agora aumentou para 60% dos assentos. Em 2018, os EUA retiraram-se do Conselho de Direitos Humanos da ONU quando a administração Trump acusou o corpo de ser uma "organização hipócrita e egoísta que zomba dos direitos humanos".

 “A eleição da China, Rússia e Cuba para o Conselho de Direitos Humanos da ONU valida a decisão dos EUA de ter se retirado do Conselho em 2018 e usar outros meios para proteger e promover os direitos humanos universais”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em um tweet . “Na #UNGA deste ano, fizemos exatamente isso.”

 Ao apontar que o governo chinês é responsável por "violações de direitos humanos em escala industrial" e "as mortes sob custódia de críticos pacíficos", a diretora da Human Rights Watch China, Sophie Richardson, observou em um comunicado que a China perdeu 41 votos em sua contagem anterior em 2016, pois está sob escrutínio global em razão do tratamento que o Partido Comunista Chinês dá a grupos religiosos, como cristãos e muçulmanos.

 “A oposição vocal às terríveis violações dos direitos humanos do governo chinês também está crescendo em outros fóruns da ONU”, escreveu Richardson. “Em outubro de 2019, 23 governos atacaram a China por causa de seus abusos em Xinjiang no Terceiro Comitê da Assembleia Geral; um ano depois, esse número subiu para 40 e a substância foi ampliada para atender às preocupações sobre Hong Kong e o Tibete”.

 Cristãos de Cuba vivem sob perseguição religiosa. (Foto: Portas Abertas)

 Cuba

 Cerca de 85 grupos cubanos de direitos humanos e organizações de mídia independentes em uma carta aberta condenaram a eleição de Cuba ao seu quinto mandato no conselho, segundo o Diario de Cuba.

 Cuba, que recebeu 170 votos, foi colocado na “lista especial de vigilância” do Departamento de Estado de países que praticam ou toleram violações graves da liberdade religiosa em dezembro passado e tem sido regularmente acusado de prender líderes religiosos e defensores da democracia.

 Os grupos argumentaram que a continuação da eleição de Cuba para o conselho “mina a integridade do conselho” para responsabilizar governos abusivos.

 “As nações que têm a honra de servir no Conselho devem se comprometer com o direito internacional dos direitos humanos”, insistiram.“Os membros do Conselho devem assegurar que Cuba não se esquive da responsabilidade por sua própria conduta ou use sua sede para enfraquecer essas normas internacionais”.

 Paquistão

 Quanto ao Paquistão, que obteve 169 votos para ser eleito para o conselho, é classificado como o quinto pior país do mundo quando se trata de perseguição cristã, de acordo com a lista 2020 World Watch do Portas Abertas dos EUA.

 No Paquistão, cristãos e outras minorias religiosas foram em várias ocasiões falsamente acusados ​​de blasfêmia por pessoas de dentro da maioria da população muçulmana. Dezenas foram julgados e condenados de acordo com a lei da blasfêmia do Paquistão, que é um crime punível com a morte ou prisão perpétua.

 O Paquistão também é listado pelo Departamento de Estado dos EUA como um "país de preocupação especial" por tolerar ou se envolver em violações flagrantes da liberdade religiosa.

 Rússia

 A Rússia, que é considerada o 46º pior país quando se trata de perseguição cristã, foi eleita para o conselho com 158 votos.

 Na Rússia, o governo impôs uma ‘lei antiterrorismo’, que levou a um aumento da perseguição contra igrejas cristãs não ortodoxas, de acordo com a Portas Abertas. Isso fez com que a atividade cristã ficasse sob vigilância do Estado.

 “Atualmente, 51% dos membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU não cumprem os padrões mínimos de uma democracia livre”, disse Hillel Neuer, diretora executiva da UN Watch, em um comunicado.

Postado: 18 de outubro de 2020

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Estudante cristã é morta em Bangladesh

A jovem havia saído com amigos na noite anterior e teve o corpo encontrado próximo a sua casa no dia seguinte (foto representativa)


A jovem também foi abusada sexualmente antes de ser morta por extremistas islâmicos

 A jovem cristã Rukhia Raut, de 23 anos, sofreu agressão sexual e depois foi morta por extremistas islâmicos. Ela era de uma família pobre do Norte de Bangladesh e cursava o último ano da Universidade Carmichael em Rangpur.

 Rukhia havia saído com amigos no dia 5 de outubro, dizendo à família que voltaria no dia seguinte. Ela não retornou para casa e o corpo foi encontrado em uma rua próxima. As mãos e pés da jovem estavam amarrados com o próprio cachecol, os dentes foram quebrados e o rosto foi desfigurado. A polícia acredita que os criminosos machucaram intencionalmente o rosto da jovem para que ninguém pudesse identificá-la.

 De acordo com as investigações, um homem muçulmano, Anishul Haque, havia pedido a jovem em casamento. Ele sempre a assediava e ela chegou a escrever em seu diário que estava com medo que ele fizesse algo contra ela. Acredita-se que ele seja o autor do ataque.

 Haque e outros dois homens foram presos pela polícia. Eles confessaram o envolvimento no crime durante o interrogatório. Agora, os pais de Rukhia têm medo de abrir um processo contra o assassino da filha, pois não têm dinheiro suficiente e temem a perseguição por parte dos extremistas.

 Pedidos de oração
  •  Interceda para que Deus conforte a família de Rukhia e dê segurança e direção nos próximos passos.
  • Ore para que os cristãos vizinhos se unam à família e a apoiem neste momento desafiador.
  • Peça a Deus pelos agentes da lei de Bangladesh, para que eles ajudem a conceder justiça para a família.
Postado: 14 de outubro de 2020

O impacto de um curso pós-trauma para iraquianos

Atividade em grupo durante um dia de estudo do curso de treinamento pós-trauma


Além da reconstrução de casas e igrejas, cristãos locais precisam reconstruir as emoções após traumas gerados por conflitos


 Décadas de guerra e conflito deixaram os cristãos iraquianos com cicatrizes profundas. Por esse motivo, o professor Juwaid* se reúne com líderes religiosos, profissionais da saúde e assistentes sociais a fim de compartilharem o que enfrentam no trabalho diário com os traumatizados. A variedade de contextos e experiências torna a conversa rica.

 Juwaid, um psicólogo que fugiu da Síria, está feliz com o entusiasmo dos participantes. “É importante desenvolver a saúde mental e serviços de apoio psicossocial nesse país destruído pela guerra. Há muita necessidade, mas são poucos os profissionais. É por isso que devemos treinar líderes para ajudar a completar os espaços”, disse.

 Durante a palestra, Juwaid fala sobre como sobreviventes do conflito possuem alto risco de estresse psicológico e condições que afetam a saúde mental. Muitos cristãos iraquianos testemunharam violência e crimes durante a fuga e vivem com grande incerteza sob condições de pobreza nos campos. Eles também enfrentaram a perda de pessoas e bens materiais. Todas essas condições podem causar traumas.

 Mais que uma dor física

 Embora haja muito trauma entre os iraquianos, há pouca conscientização. Miray, de 27 anos, é uma das participantes que trabalha no hospital de Qaraqosh como assistente de médico. “Eu vejo muitas pessoas sofrendo de problemas psicológicos e emocionais em vez de doenças físicas. Muitos de nossos pacientes não reconhecem o próprio problema psicossocial, mas percebem uma dor no corpo e vêm por causa dos remédios.”

 “O que esses pacientes realmente precisam é de terapia, mas terapeutas são escassos no Iraque”, explica Miray, que também é deslocada de Mossul. Por isso, ela começou um programa de ensino de seis meses. Isso inclui quatro semanas de lições, supervisão do trabalho e sessões de consulta para universitários e seus colegas. Ela não é terapeuta, mas pelo menos pode prover cuidados básico para amigos e familiares.

 Mesmo não estando no final do curso, Miray já pode ver os frutos: “Muitas pessoas pedem conselhos e que as ouça. Elas gradualmente confiam em mim e me falam sobre as dificuldades e do estresse que enfrentam. Por causa do curso, sei o que estou fazendo. Eu tento me ater às diretrizes que aprendi para ajudar essas pessoas efetivamente”.

 Quer conhecer mais a realidade de deslocados no Iraque? Assista ao vídeo abaixo e conheça a história de Dalia.


“Ao lidar com as histórias dos outros, é importante não esquecer de si mesmo. Nós enfatizamos o autocuidado para construir a resiliência dos participantes e sua capacidade de lidar com estresse no trabalho. Isso os ajudará em seu próprio bem-estar e os exercícios os permitem experimentar o que pode ser útil para aqueles a quem servem”, disse Juwaid.

 Para a participante Alice, de 45 anos, os exercícios de autocuidado são a parte mais importante do curso. Ela é deslocada de Mossul e trabalha em um centro de necessidades especiais, enquanto toma conta de três irmãos deficientes. Infelizmente, o quarto irmão faleceu recentemente. “É um tempo muito difícil para mim e meus irmãos, mas os exercícios de autocuidado ajudam a mim e meus irmãos a lidar com o estresse”, contou.

 “Eu vejo esse curso como um presente de Deus. Eu não esperava um dia poder ajudar pessoas com esse tipo de problema, mas com esse curso me sinto confiante para fazê-lo”, disse Miray. Esse projeto é a união de esforços entre nossos parceiros e uma organização local.

 *Nome alterado por segurança.


 Por conta dos conflitos, milhares de cristãos iraquianos foram forçados a sair de casa para uma difícil vida de deslocamento. O retorno começou, mas corações não podem ser restaurados como as casas. Mas há esperança: com seu apoio, casas e igrejas são restauradas e, por meio de pessoas como Aline e Miray, cristãos locais são treinados para serem luz nas trevas e curarem as almas quebradas.  Faça parte dessa reconstrução de vidas.


Postado: 14 de outubro de 2020

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Sequestro de meninas cristãs é arma de jihadistas no Egito

As meninas cristãs são sequestradas e depois preparadas para se tornarem muçulmanas no Egito (foto representativa)

O objetivo dos extremistas é enfraquecer a minoria copta e criar uma sociedade islâmica homogênea

A desigualdade entre homens e mulheres começa na infância. Por isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 11 de outubro como o Dia Internacional da Menina. Quando as garotas são de alguma minoria religiosa, como a cristã, a situação de vulnerabilidade pode ser ainda pior. A especialista em perseguição da Portas Abertas, Helene Fisher explica que esse tipo de hostilidade afeta diretamente o futuro da jovem. “Em contextos de severa repressão religiosa, as desigualdades e a violência com que as adolescentes crescem regularmente também são usadas para colocar em risco a liberdade e o futuro das meninas cristãs por causa da fé.”
 No Egito, Lisa Romani Mansi foi uma das vítimas da violência. Ela tinha 17 anos quando desapareceu em um bairro de Cairo. Desde novembro de 2019, ela nunca mais foi vista e as investigações policiais não tiveram resultado. Sadiya Amos tinha a mesma idade de Lisa quando foi sequestrada por extremistas islâmicos na Nigéria. Ela ficou presa e foi obrigada a se converter ao islã, mas conseguiu escapar.

 Guerra “santa” contra adolescentes cristãs

 O caso de Lisa é um dos exemplos do relatório “Jihad do útero: tráfico de mulheres e meninas coptas no Egito”. O documento foi elaborado pela organização Coptic Solidarity e revela como o desaparecimento forçado de meninas coptas é algo generalizado no país. O processo começa com os sequestros das menores, que depois são coagidas a se converterem ao islã e a casarem com muçulmanos. Nesse período, elas são doutrinadas a respeito da superioridade do islamismo. Esse método é eficaz principalmente se a adolescente é de área rural e não tem acesso à boa educação e igrejas.

 Em 2017, um ex-sequestrador contou à Portas Abertas como era planejada a captura das meninas cristãs. “Um grupo se reúne em uma mesquita para discutir potenciais vítimas. Eles ficam de olho nas casas dos cristãos e monitoram tudo o que está acontecendo. Com base nisso, eles fazem os planos." O homem também disse que eles recebem muito dinheiro por isso, e que em muitas situações a polícia ajuda, e também é recompensada financeiramente.

 A pesquisa ainda indica que os atos contra as garotas cristãs não se limitam apenas ao aliciamento sexual, mas fazem parte de um projeto político para enfraquecer a minoria religiosa e promover o crescimento de uma sociedade islâmica homogênea. Para que esses objetivos sejam atingidos, os sequestradores se aproveitam das normas sociais e das leis que não impedem que as capturas aconteçam.

 Pedidos de oração

  •  Ore para que o Senhor guarde as adolescentes cristãs em países onde há forte extremismo religioso, como Egito e Nigéria. 
  • Clame para que os governantes desses países criem leis que dificultem esse tipo de crime e punam severamente os culpados. 
  • Ore pela libertação das adolescentes que estão sob o poder de extremistas, que elas sejam consoladas por Deus e consigam voltar para os antigos lares.
Postado: 13 de outubro de 2020

Extremistas exigem exumação do corpo de pastor na Ásia Central

O pastor Rasim evangelizava ex-dependentes de drogas e ex-criminosos na Ásia Central (foto representativa)


O líder cristão foi enterrado em cemitério muçulmano, mas os líderes religiosos não sabiam que se tratava de um cristão

 Na noite 26 de setembro, o pastor Rasim* morreu vítima de meningite tuberculosa aos 58 anos, na Ásia Central. O último desejo dele foi ser enterrado ao lado da mãe, em um cemitério muçulmano. O corpo pôde ser sepultado no local desejado. Mas, após o imã (líder religioso islâmico) local descobrir que um cristão foi enterrado no cemitério muçulmano, os problemas começaram.

 A irmã de Rasim disse aos cristãos, pastoreados por ele, que o último desejo dele era ser enterrado ao lado da mãe, em um cemitério muçulmano. Então, ela conversou com o líder local e explicou sobre o desejo do irmão, por isso teve a permissão para realizar o velório e sepultamento do cristão ali.

 Mais tarde, a esposa do pastor informou que o imã do cemitério local descobriu que o marido dela era um cristão, e então ele exigiu a exumação do corpo. A irmã de Rasim, durante a conversa com o líder religioso, não mencionou que o pastor era um cristão ex-muçulmano, e por isso o enterro dele havia sido autorizado.

 Rasim serviu como pastor durante muitos anos em uma comunidade de ex-dependentes de álcool e drogas, e ex-criminosos. Ele visitou prisões, centros de tratamentos e hospitais, sempre propagando o evangelho e levando pessoas a Cristo. Após o incidente, a família do cristão está confusa e chateada com a situação, e com medo de conflitos religiosos que possam acontecer.

 *Nome alterado por segurança.

 Pedidos de oração

  •  Peça a Deus para intervir na situação e dar sabedoria à família e aos líderes locais para resolverem o assunto. 
  • Ore para que o conflito não se agrave e não haja embates religiosos. 
  • Interceda pela igreja e pela família de Rasim* nesse momento de perda.

Postado: 13 de outubro de 2020

Esperança de mudança a partir das crianças

Mitra mostra a nova revista que ensina crianças iranianas sobre Deus de uma forma divertida

Editora de revista infantil espera que o material desperte a nova geração no Irã a se comprometer com o evangelho

Hoje é celebrado o Dia das Crianças e nós queremos convidar você a saber um pouco mais sobre a realidade das crianças em um país onde há perseguição. No Irã, além de um rígido regime islâmico na escola, há propaganda para o martírio até mesmo nas figuras dos livros didáticos infantis e descrições gráficas de execuções a “infiéis”. O regime iraniano começa a trabalhar na mente das crianças desde muito cedo. Com o mesmo objetivo de formar a mente das crianças ainda pequenas, uma nova revista para crianças cristãs foi lançada. A editora da revista, Mitra, compartilha porque isso é tão importante.

 Mitra conta que há um desenho infantil no Irã que mostra um super-herói em um penhasco esperando pelo exército inimigo passar. Então ele pula, puxa os fios do colete bomba e grita: “Em Alá eu coloco a minha confiança, Allah Akbar!”. Depois da explosão, a tela fica preta. “Esse é o mundo em que uma criança iraniana cresce”, diz a editora.

 No Irã, o martírio é promovido como a maior manifestação de um bom muçulmano. É visto como um bom ato que é capaz de limpar uma pessoa de todos os seus pecados. Mas é preciso enfatizar que muitos muçulmanos iranianos discordam dessa abordagem do regime iraniano.

 A influência da escola

 Enquanto a maioria dos muçulmanos iranianos não adere à versão mais rígida do islamismo promovida pelo regime, nas escolas não há forma de escapar. Um escuro mundo de pecado é a única coisa de que todas as crianças iranianas têm medo. Mitra relembra o papel importante que isso teve em seu próprio tempo de escola.

 “Nós temos que aderir a regras islâmicas rígidas. Eram tantas que eu não consigo lembrar de todas. Para ter certeza de que nós as realizamos, eles escolhiam espiões entre nós que contavam quando nós errávamos. Por causa disso, a escola era como uma prisão para mim. Toda manhã, quando eu precisava ir para a escola, tremia de medo. Eu sempre tinha medo de quebrar uma regra, me envergonhava e desconfiava dos outros. Esse ambiente realmente desencoraja você de se tornar rebelde e essa é exatamente a meta do governo iraniano”, conta.

 Confira também a história de Hami, um menino cristão do Irã que experimentou a perseguição ao ver o pastor de sua igreja doméstica ser preso.

 Já que Mitra teve uma influência ruim do governo em sua própria juventude, ficou claro, depois de se tornar cristã, qual era seu chamado. Ela levantou sua voz e disse com determinação: “Nós precisamos recuperar nossas crianças. Salvá-las desse regime. Eu quero plantar sementes de fé no meio da escuridão. Eu quero espalhar luz e amor ao invés de medo e vergonha”.

 As crianças trarão mudança ao Irã, Mitra está convencida disso. É por isso que ela está atualmente muito preocupada com o que acontece nas igrejas domésticas.

 Combustível para mudança

 Por causa da perseguição, igrejas domésticas no Irã estão espalhadas e o trabalho infantil é muito fraco. Dificilmente há materiais infantis disponíveis e muitas crianças não participam dos cultos. Ao invés disso, elas vão para seus quartos ou assistem televisão.

 Um combustível para mudança, Mitra nos mostra a nova revista infantil em que ela está trabalhando. O objetivo é envolver as crianças iranianas na vida da igreja. É uma coleção de histórias coloridas, jogos e imagens. Ela contém recursos específicos para crianças, mas também tem estudos para fazer com a família toda.

 “Há uma versão em quadrinhos da passagem bíblica que a família vai estudar. Também há uma seção com perguntas para discutirem juntos e uma página para os pais ou professores com dicas de como contar a história do evangelho de uma forma poderosa”, Mitra compartilha.

 Mudança para o país

 A cada mês, essa revista abastecerá um pouco a escola dominical nas igrejas domésticas no Irã. Mitra está em contato com um grupo cada vez maior de pessoas com um coração voltado para crianças que mal pode esperar a primeira edição aparecer. Em semanas, a primeira edição será distribuída de uma maneira segura.

 “É minha esperança que esse recurso tornará cada pai em um professor de escola dominical. As igrejas domésticas e famílias começarão a estudar a Bíblia com as crianças e, juntos, serão uma mudança em um país que está desesperadamente precisando de Cristo”, conclui a cristã.

 Para ensinar sobre a realidade da perseguição para crianças,  baixe agora um e-book com 10 atividades que reforçam o aprendizado bíblico ensinado pela história de Hami.


Postado: 13 de outubro de 2020

Projeto de lei dos EUA classifica Partido Comunista Chinês como organização criminosa

Ao apresentar a proposta, o deputado Scott Perry destacou que o Partido Comunista Chinês é 'demoníaco' e subjuga os cidadãos chineses.


Grupos religiosos e de direitos humanos estão aplaudindo um projeto de lei que designa o Partido Comunista Chinês como uma "organização criminosa transnacional" por representar uma "ameaça existencial às liberdades".

 Na quinta-feira, o deputado Scott Perry (Pennsilvanya), apresentou o projeto de lei "Designação do Partido Comunista Chinês como uma Organização Criminosa Transnacional", visando "proteger os americanos da ação criminosa chinesa".

 De acordo com o comunicado à imprensa no site de Perry, a legislação co-patrocinada pelos deputados Tim Burchett e Scott DesJarlais (Tennessee) “adicionará o Partido Comunista Chinês (PCCh) ao ranking das Maiores Organizações Criminosas Internacionais (TICOT) e fornecerá às agências de aplicação da lei dos Estados Unidos uma diretriz estratégica para combater a atividade maligna do PCCh”.

 O projeto de lei, que eliminaria a imunidade soberana para diplomatas chineses nos EUA envolvidos em atividades criminosas, cita especificamente o "roubo coordenado e dirigido pelo governo de propriedade intelectual americana, ataques cibernéticos aos sistemas dos EUA, espionagem e tráfico internacional de fentanil" como principais motivos pelos quais o CCP se qualifica para estar na Lista TICOT.

 Dede Laugesen, diretor executivo da organização ‘Save the Persecuted Christians’ (‘Salve os Cristãos Perseguidos’), que trabalhou ao lado de Perry para fazer a legislação, aplaudiu o projeto.

 “Nossa organização é muito grata por essa legislação”, disse Laugesen. “É o primeiro passo para corrigir as injustiças e tornar o mundo um lugar mais seguro para todas as populações em risco, que pareciam estar se multiplicando exponencialmente à medida que a influência maligna da China continuava sem controle”.

 Sean Lin, da Associação do Falun Dafa em Washington, D.C, também elogiou o projeto. Ele observou que nas últimas sete décadas, mais de 80 milhões de chineses morreram devido a “ondas de perseguições políticas sancionadas pelo Partido Comunista Chinês”.

 “Este projeto conta a trágica realidade de que o povo chinês, independentemente de sua raça e etnia, está sob o governo de uma entidade gangster do mal: o Partido Comunista Chinês”, disse ele. “E também destacou a ameaça existencial do PCCh à civilização global e ao mundo livre. Todos os líderes do Congresso devem se manter firmes para apoiar esta legislação que classifica o PCCh pelo o que ele é, já que apresenta um clamor pela liberdade para todas as pessoas que sofrem sob seu governo”.

 Perry apresentou o projeto de lei após a manifestação Resist China realizada quinta-feira fora do Capitólio dos EUA. O evento buscou chamar a atenção para as “repressões do PCCh contra a liberdade, democracia e direitos humanos, que se intensificaram em toda a China, junto com um grande aumento no ataque às comunidades que vivem sob seu governo”.

 “O PCCh é uma falha moral abjeta”, disse Perry ao apresentar o projeto. "Vocês sabem disso. É decrépito, é demoníaco, é uma instituição que subjuga e escraviza as pessoas sobre as quais tem domínio. Nos últimos 100 anos, nosso mundo viu o surgimento do comunismo na União Soviética e testemunhamos a liberdade ameaçada pelo mal. E estamos testemunhando isso agora mesmo. Assim como estamos aqui, está acontecendo agora mesmo. Mas não pode durar”.

 Atendendo a apelos

 Em julho, uma coalizão de mais de 600 defensores e organizações de direitos humanos escreveu uma carta aberta ao Procurador-Geral William Barr pedindo-lhe que condenasse oficialmente o PCCh como uma organização criminosa responsável por violar direitos humanos, cometer injustiças em todo o mundo e causar milhões de mortes no mundo todo.

 “A designação de organização criminosa transnacional do PCCh é claramente justificada pela epidemia de cidadãos americanos vitimados e mortos pela droga sintética letal fabricada e transmitida pelos chineses, o fentanil. De acordo com o CDC, as mortes envolvendo outros narcóticos sintéticos, incluindo fentanil e análogos do fentanil continuaram a aumentar, com mais de 31.335 mortes por overdose relatadas em 2018”, diz a carta.

 A carta acrescenta: “por décadas, o PCCh perpetrou e proliferou a apropriação indébita de propriedade intelectual e espionagem econômica em empresas americanas e americanas, resultando em roubo e perda de vasta riqueza e prosperidade. A extensão e amplitude do alcance criminoso do PCCh não conhece limites”.


Postado: 13 de outubro de 2020

A perseguição aos cristãos em Bangladesh

Os convertidos a Cristo são pressionados pela família e comunidade em Bangladesh, onde a identidade tribal também causa perseguição


Com 63 pontos, Bangladesh se classificou em 38º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2020. Isso representa um aumento de cinco pontos em comparação com a LMP 2019 e reflete em parte uma situação que só pode ser descrita como tensa para a minoria cristã, ainda mais para os cristãos ex-muçulmanos ou ex-hindus.

 Opressão islâmica, nacionalismo religioso e antagonismo étnico são os três tipos de perseguição predominantes em Bangladesh, país de maioria muçulmana no Sudeste Asiático. O primeiro, opressão islâmica, atinge todos os cristãos de Bangladesh, embora o país seja tanto secular quanto islâmico, segundo a Constituição. A família e a comunidade são fontes de perseguição e monitoram as atividades dos convertidos, especialmente em áreas rurais, o que restringe a vida diária dos mesmos mais intensamente do que a ação de grupos radicais.

 Um exemplo do segundo tipo de perseguição (nacionalismo religioso): em Bangladesh o número de budistas é o dobro que o de cristãos. Os budistas estão mais concentrados entre os grupos tribais de Chittagong Hill Tracts, na fronteira com Índia e Mianmar. Entre esses povos, o mais conhecido é o povo chakma. Nos últimos anos, um grande número de chakmas se converteu a Cristo. Isso tem feito com que líderes tribais budistas pressionem mais os cristãos. A pressão não vem somente da família, amigos e comunidade, mas também de budistas radicais que têm o objetivo de fortalecer o budismo entre os grupos tribais. A região se tornou ainda mais volátil com a entrada de refugiados rohingya (cerca de 770 mil), vindos de Mianmar. 

 O nacionalismo religioso está misturado com o antagonismo étnico. Isso significa que um novo convertido que vem de um contexto tribal é forçado a seguir as normas e valores ancestrais de seu povo, sejam eles religiosos ou não. Essa é uma realidade para povos como os chakma, tripura e marma. Os cristãos também podem ser alvos de radicais islâmicos porque são vistos como aliados do governo, pois preferem reter o secularismo do país de acordo com a Constituição.



 O padrão da perseguição
 No geral, a pressão aos cristãos em Bangladesh aumentou ligeiramente em todas as esferas da vida, causando o aumento da média de pressão da pontuação 10 no ano anterior para 10,7. Isso reflete o crescimento da pressão para todos os cristãos, mas especialmente os convertidos ao cristianismo. A crescente difícil situação dos convertidos entre os refugiados rohingya, que fugiram de Mianmar em 2017, acrescentou ainda mais pontos.

 A pressão é mais forte na comunidade e vida privada, onde convertidos são principalmente afetados, mas todos os cristãos enfrentam pressão nas esferas nação e igreja. A violência contra cristãos aumentou de 7,8 para 9,4 pontos. Não houve mortos, mas mais ataques contra igrejas e prisões foram relatados do que no período anterior.

 O perigo da islamização
 Em janeiro de 2017, o governo decidiu tornar os livros didáticos mais condizentes com os grupos islâmicos conservadores. Os livros agora têm a letra “o” (de “orna”, véu usado pelas meninas no começo da puberdade) e que descreve uma menina muçulmana devota. Outros livros mudaram os nomes que soavam como hindus ou cristãos. O governo também baniu os capítulos sobre a jihad (guerra santa) dos livros didáticos do Ensino Fundamental 2. Em maio de 2018, a Liga Awami, no poder, recebeu um bilhão de dólares da Arábia Saudita para construir 560 mesquitas em todo o país.

 Um dos grandes desafios que Bangladesh enfrenta vem do sistema de madrassas (escolas islâmicas), seja o número oficial de 22 mil ou de 70 mil, segundo estimativas. Nas madrassas oficialmente registradas, ao menos 2 milhões de alunos são treinados, embora esse número possa chegar a 4 milhões, contando-se as não registradas. Assim como no Paquistão, essas madrassas são como “chocadeiras” para treinar estudantes no ódio e na violência, como se tornou evidente pelo fato de nove dos responsáveis pelo ataque em Daca, em julho de 2016, serem alunos de madrassas.

Postado: 13 de outubro de 2020

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Tudo sobre a perseguição aos cristãos na China

Hoje a República Popular da China completa 71 anos e a hostilidade contra os seguidores de Jesus continua



Hoje faz 71 anos que Mao Tsé-tung proclamou a República Popular da China. Nessa data começaram as principais transformações consequentes da implantação do comunismo no território. Um dos resultados foi a perseguição a crenças que pudessem contradizer as ordens dadas pelo Estado.

 Existe perseguição religiosa na China?

 Sim, principalmente quando a religião prega algo diferente da ideologia do Partido Comunista. Mas a hostilidade aos seguidores de Jesus no país comunista é mais antiga e há anos preocupa a igreja de Jesus ao redor do mundo. Já na dinastia Ming, entre 1368 e 1644, os cristãos foram banidos do país. Mas a perseguição atual começou em 1949, quando a República Popular da China foi criada. Todas as religiões que exigiam a lealdade dos chineses em detrimento do Estado foram violentamente combatidas. Forçando, assim, a fuga de missionários cristãos estrangeiros do país.

 Apesar da Revolução Cultural, que ocorreu entre 1966 e 1976, ter transformado toda a sociedade chinesa nos padrões desejados pelos comunistas, a igreja de Jesus sobreviveu de maneira clandestina. Havia, sim, uma igreja permitida pelo Estado chinês, mas essa deveria excluir qualquer ensinamento bíblico que fosse contra os ideais do Partido Vermelho, jurar lealdade aos governantes, ter uma bandeira da China em exposição e cantar o hino nacional em cada encontro.

 As igrejas chinesas permitidas pelo governo comunista são monitoradas em todo tempo e qualquer crítica ao sistema pode resultar em sérias consequências

 Qual é o número de cristãos na China?

 Hoje, acredita-se que existam 97,2 milhões de cristãos na China, que enfrentam a hostilidade vindas de oficiais do governo, partidos políticos e líderes religiosos não cristãos. A opressão comunista e pós-comunista é um instrumento para que o governo mantenha o poder e a harmonia na sociedade. O atual presidente Xi Jinping tem se mantido no poder por meio de um forte combate a qualquer ideia que possa ameaçar a autoridade máxima dele. Nesse cenário, os cristãos convertidos e de minorias religiosas, como os muçulmanos de Xinjiang, também são alvos de ações mais diretas.

 Há 15 anos, a Portas Abertas publicava um posicionamento sobre a China. O documento reconhecia que o país aparentava estar mais acessível ao cristianismo, já que tinha aberto as portas para fazer negócios com países ocidentais. “A igreja cristã na China pode não ter tantos mártires como a Colômbia, enfrentar tantas restrições quanto as irmãs na Arábia Saudita, ou lutar com tantas multidões extremistas como os irmãos na Indonésia, mas os milhões de cristãos na China permanecem como a maior comunidade perseguida hoje”, dizia a carta.

 Como é a perseguição aos cristãos chineses?

 As ações contra os cristãos chineses podem variar de acordo com a região onde eles vivem e atuam. Alguns líderes são presos e condenados quando descobertos, como foi o caso do pastor Wang Yi no início de 2020. Na região centro-leste do território, em 2019, as autoridades removeram cruzes, fecharam escolas pertencentes à igreja e exigiram que os cristãos de uma cidade se registrassem.

 Uma igreja doméstica foi atacada por oficiais do governo após os seguidores de Jesus desobedecerem a ordem de registro

 Segundo a pesquisa feita pela Portas Abertas entre 1 de novembro de 2018 e 31 de outubro de 2019, 1.051 cristãos foram atacados na China. O número de presos chegou a 1.147. Já a quantidade de igrejas atacadas foi alta e colocou o país em 23º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020.

 Qual é o trabalho feito para o fortalecimento dos cristãos chineses?

 No dia 18 de junho de 1981, a Missão Portas Abertas entregou um milhão de Bíblias, por meio do projeto Pérola, na praia de Swatow, atualmente Shantou, ao sul do país.


 Desde 1965, a Portas Abertas atua para o fortalecimento dos cristãos chineses. Mais tarde, 30 mil Novos Testamentos foram entregues, mas não foram suficientes para as necessidades dos cristãos no território. A missão passou a ser entregar um milhão de Bíblias. Este foi o projeto Pérola em 1981, definido pela revista americana Time como "a maior operação de sua categoria na história da China".

 “Tenho certeza que não tinham ideia do pedido de um milhão que faziam. Eu também não tinha ideia de quanto era um milhão de Bíblias, senão teria dito não. Felizmente, nós fizemos a entrega em obediência à vontade de Deus”, concluiu o Irmão André, fundador da organização internacional sobre a ação.

 Assista o vídeo e veja os detalhes da ação. Hoje, além de fornecer literatura bíblica, a Portas Abertas trabalha no fortalecimento da liderança cristã e treinamento bíblico. Os jovens das igrejas domésticas também podem participar de acampamentos. “Amamos a Jesus, mas também amamos nosso país e respeitamos a lei. O governo sabe que a comunidade nos respeita muito, que ouve a nós ao invés do governo. Alguns anos atrás, começamos com alguns cristãos e agora somos milhares. Os governantes estão realmente preocupados”, explicou o pastor Timothy* à Portas Abertas.

 Qual é a religião dos chineses?

 Apesar do Estado comunista não querer que a população tenha uma religião, o confucionismo foi reconhecido como uma crença nacional e tem 40% da população como adepta. A religião tradicional chinesa abrange a mitologia nacional e prevê o culto a diversas divindades que podem ser fruto da natureza, guardiões de clãs, heróis nacionais e espíritos de ancestrais. Na realidade, a crença tradicional é um sincretismo religioso que abrange elementos da fé budista, confucionista e de superstições populares.

 O governo chinês investe na desradicalização dos muçulmanos, que muitas vezes lutam pela independência e separatismo

 O budismo tibetano e o islamismo também alcançaram muitos chineses, e são malvistos pelo governo chinês, por isso, em províncias ao noroeste, como Xinjiang, as restrições são mais severas. Na região considerada mais volátil do país vivem 10 milhões de uigures muçulmanos. Eles são considerados vulneráveis e propensos ao extremismo e separatismo, por isso, a China está gastando bilhões para assegurar que esse povo não seja impedido do desenvolvimento econômico regional.

 Uma maneira encontrada de enfraquecer a ideologia islâmica foi a criação de centenas de centros de reeducação. Lá, os detidos são obrigados a falar chinês, cantar hinos patrióticos e assistir às aulas diárias de propaganda para “limpar as mentes uigures”. Além de literatura cristã, os alunos precisam deixar de lado elementos da cultura religiosa como barba e roupas islâmicas. Alguns cristãos ex-muçulmanos já passaram pelos campos de reeducação e a Portas Abertas esteve ao lado das famílias para encorajá-las naquele momento repleto de incertezas.

 Agradeça a Deus porque a obra dele tem sido realizada na China, apesar da perseguição. Fortaleça também os cristãos chineses por meio de oração e contribuição financeira. Conheça os projetos que abençoam a Igreja Perseguida aqui.

 *Nome alterado por segurança.

Postado: 08 de outubro de 2020


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