quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Coreia do Norte exporta trabalhadores para driblar sanções econômicas

 
 Em condições análoga à escravidão, trabalhadores estão sendo usados como nova fonte de renda para uma Coreia do Norte miserável.


A ditadura comunista comandada por Kim Jong-un tem adotado uma prática nada convencional para driblar as sanções econômicas impostas pela comunidade internacional. Além dos recursos naturais permitidos para exportação, como carvão, têxteis, produtos e máquinas agrícolas, a Coreia do Norte tem exportado outro recurso abundante no regime: o próprio povo.

 Segundo informou o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o regime, Marzuki Darusman, dezenas de milhares de norte-coreanos estão sendo enviados a outros países para trabalhar em condições análogas à escravidão. O relator da ONU informou que os trabalhadores são forçados a trabalhar 20 horas por dia, sem comida suficiente e sob vigilância.

 Os salários destes trabalhadores, que são exportados principalmente para China e Rússia, são em grande parte enviados de volta ao regime norte-coreano. Essa prática está sendo qualificada como “um sistema de trabalho forçado”, em que os trabalhadores “vivem em condições deploráveis”, segundo informações do relatório da ONU.

 O relator da ONU informou em uma comitiva de imprensa sobre o envio que o regime do ditador Kim Jong-um fez de mais de 50.000 norte-coreanos para trabalhar em projetos de construção, mineração, madeireiras e empresas têxteis. Darusman alertou que os norte-coreanos estão sendo usados pelo regime como uma nova fonte de renda, pois a situação econômica da Coreia do Norte é insustentável.

 O relatório apresentado pelas Nações Unidas informa que os norte-coreanos, exportados para trabalhar em outros países, recebem entre 120 e 150 dólares (460 e 580 reais) por mês, enquanto a ditadura comunista de Kim Jong-um embolsa “quantias significantemente” altas dos empregados. Além de Russía e China, países como Argélia, Angola, Camboja, Guiné Equatorial, Etiópia, Kuwait, Líbia, Malásia, Mongólia, Mianmar, Nigéria, Omã, Polônia, Qatar e Emirados Árabes Unidos também recebem trabalhadores norte-coreanos em condições análogas à escravidão.

 O regime norte-coreano é acusado pela ONU de violar o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que proíbe o trabalho forçado. A Coreia do Norte faz parte deste pacto e a ONU considera que as empresas que estão contratando este tipo de trabalho estão sendo cúmplices de um sistema de trabalho forçado.

 PRÁTICA SEMELHANTE NO BRASIL

 O programa Mais Médicos, implantado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), importou de Cuba, regime ditatorial comunista comandado pelos irmãos Raúl e Fidel Castro, médicos para trabalhar em péssimas condições. Dos R$ 10 mil que o governo pagaria para atuação no Mais Médicos, os cubanos receberiam apenas R$ 960.

 O regime cubano chegou a manter “vigias” que recebiam um salário superior aos médios do programa, cerca de R$ 5 mil, mantidos para controlar os médicos cubanos e ameaçá-los caso algum decidisse desertar, segundo denuncia de um dos médicos contratados pelo programa Mais Médicos.



Postado: 28 de setembro de 2016

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