O prefeito Toninho Lins (PSB) decretou, na manhã deste sábado, 19, estado de calamidade pública em Rio Largo. Os prejuízos são incalculáveis por enquanto. O triste saldo do transbordamento do rio Mundaú causado pelas últimas chuvas chega a 1.300 desabrigados e/ou desalojados. Toda a parte baixa da cidade está alagada, incluindo o prédio-sede da prefeitura, das secretarias de Finanças, do Meio Ambiente e da de Educação, situados no Centro.
A prefeitura começou na tarde de ontem, 18, o trabalho preventivo de retirada das famílias das áreas de risco. O alagamento dos bairros da parte baixa da cidade começou a partir das 7h30 de hoje e o município permanecia de plantão retirando as famílias que resistiram a deixar suas casas. Elas estão abrigadas em seis escolas do município.
Nesse momento, três helicópteros estão fazendo a retirada das famílias que se encontram em cima dos telhados de suas residências. Toda a estrutura da prefeitura foi colocada à disposição como caminhões e carros no resgate às vítimas. Localidades como Cachoeira, Usina Santa Clotilde, Utinga Leão, Fazenda Riachão, Lourenço de Albuquerque, Beijo de Coco, Centro e Ilha Angelita estão alagadas. Em algumas dessas áreas como Cachoeira, região onde aconteceram as festividades de São João, as casas estão totalmente imersas e as pontes do Humaitá e a de Lourenço de Albuquerque estão submersas.
Cenário de catástrofe
O cenário é de catástrofe. Desde a cabeceira do rio, em Pernambuco, passando por São José da Laje e descendo por Rio Largo, até corpos humanos e de animais acompanham a forte a correnteza. Helicópteros sobrevoando o Centro com as vítimas presas a cabos sendo resgatadas. Há casas desabando em questões de segundos; há pessoas em cima de árvores, casas e lojas. Carros, em toda parte baixa da cidade, estão sob as águas do Mundaú. As estações de trem estão submersas.
Os trens pararam e os carros não têm acesso a parte baixa da cidade dificultando o resgate das pessoas e a retirada dos bens materiais. Os comerciantes tiveram perdas totais ou parciais de suas mercadorias. Há pessoas entrando pelo telhado de lojas se aproveitando da situação e fazendo saques. Cordas estão sendo amarradas de um lado a outro de algumas ruas para que crianças, jovens e pessoas da melhor idade possam sair de suas residências enfrentando a correnteza do Mundaú.
A prefeitura está funcionando provisoriamente na Escola Gastão Oiticica, na Avenida Intendente Júlio Calheiros, S/N, em Vila Marília, na Mata do Rolo. A Defesa Civil do Município solicita à população que não obstrua as vias das imediações do Centro com seus carros prejudicando o resgate das pessoas; que não façam saque nas lojas do comércio, que não tentem resgatar móveis nem pertences pessoais para não colocar em risco suas vidas. “Solicitamos a população do Estado doações de colchões, agasalhos e gêneros alimentícios.
As doações podem ser feitas na Escola Gastão Oiticica, onde a prefeitura está sediada, e contatos serem pelos telefones 9135-6216 (Ivaldo) e 9135-1013(Gizélia)”, informou o secretário de Defesa Civil, Ivaldo Silva.
Agora, 13h55, faz sol em Rio Largo mas as águas do mundaú ainda não diminuíram seu ritmo.
Fonte: http://www.alagoas24horas.com.br
Postado em 20 de junho de 2010
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