EGITO (20º) - Rasha Samir tinha certeza de que seu marido, Ephraim Shehata, estava morto.
Ele estava coberto de sangue, tinha duas balas em seu corpo e estava caído com seu rosto ao chão na estrada empoeirada. Samir estava Rasha estava apoiada nele, fazendo seu melhor para protegê-lo do ataque dos criminosos que se aproximavam.
Segundos antes, Rasha podia ouvir seu marido murmurando versículos da Bíblia. No entanto, uma bala já havia atingido seu pescoço, e ele não conseguia se mover. Aterrorizada, Samir tentou desesperadamente se acalmar e deitar, esperando que os homens fossem embora.
Finalmente, o tiroteio parou e um dos homens disse: “Vamos embora. Eles estão mortos”.
Na tarde de 27 de fevereiro, o pastor Shehata e sua esposa Rasha foram vítimas de uma emboscada em uma rua deserta por um grupo de atiradores muçulmanos, no vilarejo de Teleda.
O ataque tinha o objetivo de “entristecer o coração dos cristãos” da área, Rasha disse.
Os agressores atiraram duas vezes em Shehata, uma no estômago pelas costas e outra no pescoço. Eles atiraram no braço de Rasha. Ambos sobreviveram ao ataque, mas Shehata ainda está se recuperando. Os atiradores foram presos e estão na cadeia, aguardando um julgamento, que não pode ser iniciado até que Shehata tenha se recuperado o bastante para comparecer à audiência.
Apesar de seu trauma, dos ferimentos, de mais de US$14.000 em contas hospitalares e um possível desemprego, Shehata está disposto a retirar todas as queixas contra seus agressores – e evitar o que poderia ser um julgamento vergonhoso para a nação – se o governo desistir de impedir a construção de um templo para a igreja dele.
Antes de Shehata ser baleado, um dos agressores o empurrou de sua moto e disse que o pastor deveria aprender uma lição sobre “ser um cristão”.
Por causa de seu ministério, o pastor Shehata, de 34 anos, se destacou em sua comunidade. Quando ele não trabalhava como técnico de laboratório ou fazendo aulas de direito, ele ia de porta em porta entre as casas dos cristãos para encorajá-los de todas as maneiras possíveis. Ele também líder um centro comunitário e uma clínica médica. Seu principal objetivo era o de “ajudar os cristãos a permanecerem firmes em sua fé”.
Sem levar em consideração o que aconteceu, Shehata diz que quer paz e que os direitos dos cristãos no Egito sejam respeitados. Ele afirma que, no país, os cristãos têm menos valor do que “as aves do céu”, mencionando a Bíblia.
Fonte:http://www.portasabertas.org.br
Postado em 15 de junho de 2010
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