sexta-feira, 11 de junho de 2010

Copa do mundo vira oportunidade para evangelizar




Atletas e torcedores serão evangelizados



Equipe espera atingir especialmente aqueles atletas e torcedores provenientes de países fechados ao Evangelho

A partir de hoje, mais de 400 mil torcedores e atletas estarão na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, para a Copa do Mundo de 2010. Ministérios de Evangelismo vão aproveitar a oportunidade para levar o amor de Cristo aos africanos e aos visitantes de outros países.

A equipe da The Evangelical Alliance Mission (TEAM), dos EUA, por exemplo, vê a Copa como uma oportunidade única de compartilhar Cristo com uma variedade de pessoas que nunca poderiam ser expostos ao Evangelho em seus países.

Eles desenvolvem ministério de rua, realizam oração, distribuem folhetos para compartilhar o Evangelho em vários idiomas, dão treinamento de futebol e rastreios de saúde, que incluem prevenção ao HIV/Aids. O motivo principal nessa estratégia é mostrar como as pessoas podem viver com a doença e ainda ter esperança. O país possui alta taxa de infecção pelo HIV. “Essa esperança vem da pessoa de Cristo e do futuro que Ele oferece além desta vida. Esta é uma grande oportunidade para o Corpo de Cristo chegar com a mensagem de esperança", disse Kordic.

A equipe espera atingir especialmente aqueles atletas e torcedores provenientes de países fechados ao Evangelho. Por isso, ele está orando para que a semente do Evangelho plantada nessas vidas e corações continue a enraizar-se muito tempo depois de terem deixado o país.

Já o Projeto Conexão África é uma iniciativa de cristãos brasileiros que também atuarão no evangelismo na África do Sul. A irmã Miriam Mendes Reiche, do setor Educação Cristã da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) e membro da Assembleia de Deus em Jacarepaguá (RJ), já está no país da Copa desde o dia 1º em treinamento para evangelizar povos de todos os continentes.

Miriam contou que soube do projeto por uma jovem que pedia patrocínio. “Entrei no site para ter informações e acabei tendo interesse. Inscrevi-me no processo seletivo e fui selecionada”, comemorou.

O custo total que ela terá para os vinte dias é de R$ 3 mil. “Eu tive esse desejo no meu coração de ofertar o meu tempo das férias e o meu dinheiro para o Senhor”, revela.

Além desse motivo, Miriam Reiche explica que já atua na área de missões e evangelismo em sua igreja e que lá existe um ministério de esportes. “Evangelizamos a partir do esporte. Em 2007, trabalhamos no pan-americano, no projeto ‘Mais que Ouro’ como coordenadora dos intérpretes. E como vamos receber uma Copa e uma Olimpíada no Brasil, será uma oportunidade de evangelizar e aprender. Minha intenção é me preparar para mobilizar e treinar os irmãos. Precisamos de treinamento. E eles são especializados nesse tipo de evangelismo, já participaram de várias Copas”.

Uma equipe formada por duzentos missionários evangélicos brasileiros de diversas denominações atuarão na África com o único objetivo de fazer do futebol uma ferramenta para pagar o débito com o povo africano. Eles vão fazer a viagem inversa que os negros fizeram forçosamente em séculos passados ao Brasil, para servi-los com o Evangelho de Cristo.

A iniciativa foi concretizada através da parceria entre três organizações brasileiras, a Coalizão Brasileira dos Ministérios Esportivos, Junta de Missões Mundiais e Faculdade Batista de Teologia (FABTEO).

À frente da coordenação geral da Conexão África 2010, o pastor, ex-jogador de handebol brasileiro e integrante da Coalizão Internacional de Ministérios Esportivos, Marcos Grava Vasconcelos, afirma que este será, com certeza, o maior grupo de voluntários que já saiu do Brasil para um projeto evangelístico.

No ano passado, quando da realização das Olimpíadas de Pequim, ele liderou a ida de mais de cem brasileiros para o trabalho proibido de evangelismo entre os chineses e diz que o grupo da África será dobrado porque não há barreiras com o idioma e nem restrição ao Evangelho. “Na China, apesar de todas as dificuldades, a igreja brasileira conseguiu apresentar Jesus e deixar uma preciosa sementeira do Evangelho. Na África, queremos fazer algo maior, pagar o débito que temos com esse povo irmão, porque o Brasil em séculos passados mandava buscar os negros em seu continente para fazer o serviço escravo. Temos mais que a obrigação de prestar esse serviço a eles dando-lhes da mesa do nosso Pai celestial”, comentou Grava.

A Coalização orienta os voluntários a desenvolverem abordagens diferenciadas. “Isso inclui o trabalho com arte, música, o trabalho esportivo e até mesmo o de entregar água nos pontos em que se pode obter a atenção das pessoas para a Palavra de Deus. Porque Deus nos dará estratégias e as pessoas certas para esse esforço de alcançar a população em diversas comunidades africanas. Temos passe livre, afinal somos brasileiros e o nosso futebol vai nos abrir caminho”, disse.

E ele o diz com a naturalidade de quem vê no esporte uma das melhores ferramentas para o Evangelismo. “Há mais de 20 anos, o pessoal começou a focalizar os grandes eventos esportivos como verdadeira saída para as ações missionárias evangelísticas ao redor do mundo. Fizemos isso em Atlanta, em 1996; em Sidney, em 2000; em Atenas em 2004; e em 2008, com as Olimpíadas de Pequim, fizemos a Conexão China”.

Segundo o pastor Marcelo Rodrigues, diretor da FABTEO, “o campo da África está pronto para uma grande colheita e esta é a oportunidade para os missionários brasileiros que querem levar as almas a Cristo”, finalizou o diretor.


Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 11 de junho de 2010

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