Homenagem a vítimas de ataques leva mais de 150 mil às ruas de Oslo
Mais de 150 mil pessoas foram às ruas de Oslo, capital da Noruega, nesta segunda-feira (25), para homenagear as vítimas dos ataques de sexta-feira. A estimativa foi feita pela polícia da capital norueguesa. O duplo atentado fez 76 mortos, segundo balanço divulgado pela polícia. A maioria dos participantes levava rosas. As ruas foram fechadas para a circulação para esta manifestação, batizada de "A marcha das flores".
O norueguês Anders Behring Breivik, de 32 anos, assumiu os fatos diante de um tribunal nesta segunda-feira, mas negou-se a se declarar culpado. Ele também disse que teve colaboração de "duas células" no ataque, mas o tribunal não deu detalhes sobre isso. As autoridades afirmaram que "não descartam a hipótese" de que ele teve cúmplices. No dia anterior, Breivik já havia assumido os atentados perante a polícia. O tribunal de Oslo decretou a prisão preventiva de Breivik por oito semanas, quatro delas em regime de confinamento. Há a possibilidade de que a prisão seja prorrogada.
Brasil
A política de estabelecer uma mistura de raças europeias, asiáticas e africanas em países como o Brasil se provou “catastrófica” e resultou em altos níveis de corrupção, baixa produtividade e conflitos entre as diferentes culturas. A teoria sobre o país está numa das páginas do manifesto atribuído a Andrew Behring Breivik. Para o autor do documento, que tem ligações com a extrema-direita norueguesa, o “Brasil vem se estabelecendo como o segundo país do mundo com o menor nível de igualdade social". O texto não cita qual seria o primeiro.
“Os resultados são evidentes e se manifestam num alto nível de corrupção, falta de produtividade e um eterno conflito entre várias ‘culturas’ competindo, enquanto a miríade de ‘sub-tribos’ criadas (preto, mulato, mestiço, branco) paralisa qualquer esperança de sequer alcançar o mesmo nível de produtividade e igualdade de, por exemplo, Escandinávia, Alemanha, Coreia do Sul e Japão”, diz o texto do terrorista de extrema-direita na página 1.153.
Observando a falta de igualdade social no Brasil e a média de produtividade do brasileiro, continua o texto, “é evidente que uma abordagem similar na Europa seria devastadora e um atraso para as nações (...)”. Intitulado “A European Declaration of Independence - 2083" (Uma declaração de Independência Europeia - 2083), o manifesto, que leva a assinatura "Andrew Berwick" na capa, foi publicado na internet apenas horas antes do massacre no país. Com várias referências históricas, o manifesto inclui numerosos detalhes da personalidade do agressor, seu modus operandi para fabricar bombas e seu treinamento de tiro, além de um minucioso diário dos três meses que precederam o ataque.
As afirmações que relacionam raça e produtividades estão no trecho em que o autor trata das “razões por trás da oposição conservador à mistura de raças e adoção de não-europeus”. Em outro trecho, na página 1.161, o texto volta a citar o Brasil como exemplo de desigualdade social. “(...) Um país que tem culturas que competem entre si vai acabar se dividindo internamente ou, a longo prazo, vai terminar como um lugar permanentemente disfuncional como o Brasil e outros países semelhantes”, diz. “Quando você acrescenta o Islã a esta mistura, o pior cenário muda de um país disfuncional para o fracasso total; a sharia [lei islâmica] e disputa entre povos”.
Há pelo menos 12 referências aos termos “Brasil” ou “brasileiro” no documento, nem todas com o mesmo teor. No trecho em que trata sobre a fabricação de bombas, o autor cita o acidente radioativo com o césio 137 em Goiânia, que deixou centenas de mortos em 1987. “Seja extremamente cuidadoso quando lidar com material radiológico”, alerta na página 1.060.
Na página 1.287, o texto cita o Brasil em meio a países que se tornaram independentes com “golpes de estado sanguinários”. “Em 1889, o Brasil se tornou uma república via um golpe de estado sanguinário.” Em outra menção, o país está numa lista de nações que sofreram intervenções dos Estados Unidos. A anotação cita o ano de 1964 ao lado de “Acesso do comunismo a recursos e trabalhadores pobres”.
Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 26 de julho de 2011
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