EGITO (19º) - O tribunal egípcio rejeitou hoje a ação movida por advogados muçulmanos, exigindo a divulgação do paradeiro de Camilia Shehata, esposa de um pastor, acusado de tê-la convertido ao cristianismo e prendido dentro da igreja.
Em sua decisão, o tribunal disse que os advogados muçulmanos não conseguiram apresentar provas que apoiem suas reivindicações quanto à detenção de Camilia pela igreja. Dr. Naguib Gabriel, advogado de Camilia, disse: “A única coisa que os advogados muçulmanos entregaram como prova de suas afirmações eram trechos de jornais e internet.”
O caso durou mais de quatro meses e, durante esse tempo, o Dr. Gabriel apresentou provas inequívocas de que Camilia nunca foi detida pela igreja e nunca se converteu ao Islã. Entre outros documentos havia uma procuração de Camilia para que ele a representasse no tribunal.
“Esta procuração foi emitida em um cartório público, por um funcionário muçulmano, que escreveu ‘cristã’ ao lado de sua filiação religiosa, enquanto podia ter escrito ‘muçulmana’ no lugar”, disse Gabriel. “Se realmente estivesse sendo detida pela igreja, ela poderia ter pedido ajuda ao funcionário, quando foi ao cartório”, acrescentou. Além disso, um certificado de Al-Azhar afirmou que ela nunca se converteu ao Islã, como foi apresentado entre as provas dos advogados muçulmanos.
Anteriormente, o tribunal tinha respondido às demandas dos advogados muçulmanos a respeito da conversão de Camilia ao Islã, dizendo que o assunto não é sobre crenças, mas sobre a possível detenção de Camilia. Além disso, os advogados muçulmanos haviam exigido que Camilia comparecesse pessoalmente ao tribunal, o que foi recusado pelo tribunal.
“A decisão judicial de hoje fecha a cortina sobre um dos casos mais famosos e difíceis do Egito”, disse o advogado Dr. Gabriel. “Os muçulmanos não têm mais permissão de falar sobre esse assunto, que eles tanto usam como pretexto para realizar violência sectária entre cristãos e muçulmanos.”
Postado em 01 de julho de 2011
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