sexta-feira, 8 de julho de 2011

Em viagem à África e Europa, pastores de AL constatam necessidade de mais missionários

Em viagem missionária, ficou constatada necessidade de mais obreiros no exterior


Pr. Paulo Mesquita relata que existe muito ceticismo e a falta templos

A mais recente viagem missionária feita pelo pastor Paulo Mesquita, secretário executivo de Missões da Assembleia de Deus em Alagoas, durou 12 dias e serviu para constatar o quanto a Europa e a África estão carentes de obreiros para a evangelização e desafios ainda maiores. Dois deles são a quebra de paradigmas – como o ceticismo regado pelo materialismo – e a necessidade de investimentos financeiros para que novos templos sejam construídos.

Mesquita e o pastor Carlos Gomes, líder da Assembleia de Deus em Penedo, na região do Baixo São Francisco, que o acompanhou nesta viagem, estiveram na ilha de São Tomé, no continente africano, onde participaram, como convidados, da 1ª Escola Bíblica de Obreiros. Depois do evento, embarcaram, por conta própria, para a Suíça e visitaram os obreiros assembleianos que lideram campos em Zurique e Genebra.

Os dois partiram no dia 22 de junho com a intenção de chegar a São Tomé e Príncipe e seriam recebidos pelo pastor Jacinto Reis dos Santos, líder da Assembleia de Deus Missionária. Entretanto, como não tinham alternativa de voo, ficaram em Portugal, de onde partiram na noite do dia seguinte. Na manhã do dia 24 de junho já estavam na ilha e aproveitaram para descansar e preparar o material que ministrariam durante a Escola de Obreiros.

“Ministrei sobre Homilética, o líder e a visão de futuro, além do caráter do obreiro na liderança. O curso aconteceu durante dois dias, em tempo integral e teve a participação de mais de trinta obreiros da igreja, entre diáconos, presbíteros, evangelistas e pastores, com as respectivas esposas. Deus abençoou bastante a atividade”, informou o pastor Mesquita.

A programação da escola bíblica incluiu ainda cultos à noite. O encerramento aconteceu no dia 28, exatamente no culto de instrução à Igreja. O secretário executivo de Missões foi o responsável pela ministração da Palavra de Deus. “Falei com base em Romanos, capítulo primeiro e versículo dezesseis”, contou o obreiro.

No dia 30, os alagoanos visitaram as congregações nas cidades de Guadalupe, localizada no Distrito de Lobata, a 15 km de São Tomé, e de Neves, no Distrito de Lembá, distante 27 km da capital. O templo na cidade de Guadalupe tem uma estrutura singela; é feito de madeira. O de Neves já é de alvenaria e tem 150 congregados, aproximadamente. Já na capital São Tomé, a igreja tem capacidade para 400 pessoas sentadas.

A Assembleia de Deus Missionária de São Tomé foi fundada em 1998 após visita de jovens obreiros brasileiros. A Convenção de Alagoas, já comandada pelo pastor José Antonio dos Santos, enviou tempos depois, o pastor Pedro Tavares Cavalcante, a esposa dele, irmã Noemi e a filha do casal, Elisiã, para liderar a congregação. Com a transferência dos missionários para outra nação, o trabalho seguiu firme, mas com a liderança dos próprios habitantes da ilha.

“Na conversa que tive com os obreiros e, principalmente, com o pastor Jacinto Reis dos Santos, eles destacaram o quanto são gratos ao ministério assembleiano de Alagoas, sobretudo ao pastor José Neco e ao pastor Pedro Tavares. Os irmãos dizem que o nosso Estado teve uma grande visão missionária para expandir o Evangelho a um local tão carente como é São Tomé”, relatou o pastor Paulo Mesquita. O secretário de Missões destacou ainda que a maior necessidade da Igreja na África é a falta de templos e de obreiros para tocar a obra.

Estratégia para ganhar europeus é diferente

Já no dia 1º de julho, os dois obreiros alagoanos partiram para Portugal depois de uma despedida calorosa de São Tomé. O pastor Carlos Gomes ministrou neste culto. Na Europa, mesmo com as facilidades e qualidade de vida melhor, a dificuldade da Igreja é semelhante à África. A estratégia para se ganhar os europeus para Jesus deve ser diferente, segundo o pastor Paulo Mesquita, em decorrência do comportamento fechado da população.

“Na África você pode pregar o evangelho tranquilamente, assim como no Brasil, mas na Suíça, precisa-se de uma autorização do Poder Público. Além disso, há necessidade gritante de missionários capacitados para combater o ceticismo, acompanhado pelo materialismo. O povo é muito fechado, introspectivo e vai exigir atitudes mais abertas dos obreiros. Lá, percebi que os pastores abraçam o tempo todo as pessoas, que são carentes destes afetos”, descreveu o secretário de Missões.

Em Genebra, os alagoanos visitaram a Assembleia de Deus liderada pelo pastor Carlos Henrique, que também é conterrâneo. Um grupo de 50 irmãos adora ao Senhor no templo. Na capital suíça, os obreiros também visitaram pontos turísticos e como destaque estava a catedral e museu de João Calvino, localizada no centro da cidade. Vale ressaltar que foi em Genebra que iniciaram as discussões de fundamentaram as teses teológicas do Calvinismo, movimento revolucionário protestante.

No dia 3 de julho, os pastores estiveram em Zurique e participaram do culto liderado pelo pastor Robson Souza, natural de Pernambuco. Mais ou menos 100 pessoas se reuniram e o culto, por forte influência do movimento pentecostal no Nordeste, foi bastante avivado, conforme relatou o pastor Mesquita. No dia seguinte, os dois retornaram ao Brasil, novamente via Portugal.



Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em
08 de julho de 2011

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