domingo, 3 de julho de 2011

Cristãos são assassinados por militantes islâmicos e militares

Culto em uma igreja sudanesa


SUDÃO (35º) - Há relatos de que agentes da inteligência militar mataram um cristão, depois que militantes islâmicos simpatizantes do governo atacaram igrejas do Sudão, em Kodorfan, ao sul do país.

Segundo agências de notícias, testemunhas disseram que as Forças Armadas do Sudão (SAF) detiveram Nimeri Kalo Philip, um seminarista que estudava no seminário St. Paul, em 8 de junho, perto do portão da Missão das Nações Unidas no Sudão (MINUS), em Kadugli, atirando nele diante dos pedestres que passavam na rua.

Kalo e outros cristãos estavam fugindo da cidade, após as milícias muçulmanas leais à SAF terem atacado e saqueado pelo menos três edifícios de igrejas em Kadugli, segundo informações de fontes.

“O conflito armado eclodiu em Kadugli entre os militares do sul e do norte em 6 de junho, depois que as forças de Abyei foram presas no mês passado. Em 8 de junho, militantes islâmicos leais à SAF abateram um jovem cristão, usando uma espada, no mercado da cidade de Kadugli”, disseram as fontes.

As milícias islâmicas atacaram uma igreja, porque ouviram gritos de “Deus é maior”. Então dispararam contra a igreja, mas ninguém foi atingido. Os agentes, no entanto, prenderam o rev. James Abraham na frente de sua congregação, levando-o a um lugar desconhecido, onde o torturaram durante dois dias, segundo relatos de um sacerdote. Em 8 de junho ainda, a SAF e milícias islâmicas atearam fogo a edifícios da Igreja Episcopal do Sudão e da Igreja de Cristo no Sudão. “As igrejas e os pastores eram os alvos visados”, disse o bispo Andudu Adam.

Existem estimativas não confirmadas de que mais de 53 mil pessoas estão sendo deslocadas devido aos intensos combates, em Kodorfan, entre o exército da SAF e o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA), de acordo com informações da ONU. A mídia diz que o combate, incluindo bombardeios e artilharia, tem sido relatado em 11 de 19 localidades no estado de Kodorfan.

Algumas das pessoas que foram deslocadas internamente, bem como locais e organizações não-governamentais e funcionários da ONU, se refugiaram fora do complexo da missão de paz das Nações Unidas, nos arredores da capital de Kordofan, que fica ao sul do país.



Postado em 02 de julho de 2011

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