PAQUISTÃO (11º) - Centenas de muçulmanos em Gujranwala atacaram casas e escolas cristãs e o prédio da igreja Presbiteriana depois de saberem que a polícia liberou dois cristãos acusados de blasfêmia – em meio a relatos de profanação do Alcorão.
Mushtaq Gill e seu filho Farrukh foram liberados na sexta à tarde (saiba mais) após um especialista em caligrafia afirmar que não foram eles que escreveram um bilhete ameaçador ao lado de páginas queimadas do Alcorão. Após serem libertados, os dois foram levados para um local seguro com os membros de sua família.
Às 7h30min da manhã de domingo (30 de abril), porém, assim que a notícia sobre a liberação deles chegou, muçulmanos falavam que novamente haviam queimado páginas do Alcorão no cemitério Aziz Colony, na província de Punjab, de acordo com Timothy Nasir, chefe do Seminário Teológico Fé em Gujranwala. Ele diz que os alto-falantes nas mesquitas começaram a anunciar, e os muçulmanos radicais começaram a se reunir.
Uma multidão de muçulmanos jogou pedras contra casas cristãs e uma escola dirigida por um cristão, Eric Isaac, que foi levado pela polícia para interrogatório. A multidão também atacou a igreja presbiteriana em Aziz. Armados com paus e bastões, os revoltosos entraram em choque com a polícia que ofereceu proteção aos cristãos cercados.
No total 18 pessoas – 15 muçulmanos e 3 policiais – ficaram feridos e foram hospitalizados. Durante o confronto, foram utilizados bombas de gás lacrimogêneo e bastões para dispersar a multidão. Não há notícias de cristãos feridos.
Cerca de 150 manifestantes foram presos, com três casos registrados de ataques contra propriedades cristãs e “criaram uma situação de lei e ordem.” Timothy Nasir disse a Compass que os violentos protestos e investidas muçulmanas contras os cristãos tem obrigado muitas famílias a fugir.
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