quarta-feira, 29 de março de 2017

Perseguição aos cristãos congoleses

 
 As Forças Democráticas Aliadas têm sido responsáveis por milhares de mortes de cristãos com um único objetivo: fazer uma “limpeza étnica” na nação


 República Democrática do Congo
Recentemente, Nicaise Kibel'Bel Oka, um jornalista congolês e editor da revista “Les Coulisses”, na República Democrática do Congo, publicou um livro em francês intitulado por “O advento da jihad na República Democrática do Congo – o terrorismo islâmico desconhecido do ADF (Allied Democratic Forces – Forças Democráticas Aliadas)”. A ADF é um grupo rebelde de oposição ao governo, atuante tanto no Congo quanto na Uganda. Ele tem sido responsável por milhares de mortes de cristãos com um único objetivo: fazer uma “limpeza étnica” nessas nações. Desde 1990, os militantes atuam na região fronteiriça do norte do Congo.

 De acordo com o autor, a organização tem agido com impunidade e a mídia não tem relatado suas ações. “Meu livro chama a atenção para esse fenômeno, que tem sido uma ameaça para o nosso país e também para as regiões próximas. Em três anos, ataques atribuídos ao ADF já mataram mais de 800 pessoas. Alguns podem até negar a existência de uma insurgência islâmica já que esses rebeldes nunca reivindicam seus atos bárbaros, mas a mensagem violenta deles é dirigida à mídia internacional”, comenta Oka. Segundo ele, o grupo age silenciosamente e assim consegue estabelecer sua presença nessas nações sem alarmar os cidadãos.

 “A comunidade islâmica do Congo está ciente desse aumento do islamismo radical. Alguns imãs proeminentes admitem isso, mas são impotentes, por medo de represálias e porque fazem parte da Ummah (termo árabe que define a Comunidade Muçulmana Mundial)”, explicou. Oka acredita que “ADF” é um nome que não descreve seus membros. “Se fossem verdadeiros democratas, como diz o título, não cometeriam atos contrários aos valores da democracia. Seu nome original era MDI (Muslim Defense International – Defesa Muçulmana Internacional) e veio de uma seita paquistanesa estabelecida na Tanzânia, em 1940. Depois disso, recrutaram militantes de várias nações, entre elas, Burundi, Quênia, Sudão e Somália”, conta o jornalista.

 O fato é que os cristãos estão morrendo em meio à insurgência islâmica não declarada e pouco divulgada. Em 2016, o Congo ocupava a 52ª posição entre os países que mais perseguem cristãos no mundo, faltando poucas posições para integrar à Lista Mundial da Perseguição. A violência contra os seguidores de Cristo continua crescendo a cada dia entre os congoleses. Igrejas são frequentemente invadidas, milhares de cristãos tiveram que deixar suas casas e vivem deslocados, há relatos de que vários já foram torturados e agredidos até a morte por causa da fé. Ore pela igreja na República Democrática do Congo.

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Postado: 29 de março de 2017

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