quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Congrernaval" de Jovens nas Igrejas Evangélicas

Por James Pereira



Congrernaval!? O que é isso? Deixe de inventar moda, James Pereira! Está querendo aparecer é? Não tem algo útil para fazer, não? Deixa de ser "cru". Você não entende nada de "reteté" mesmo.

Já começo até imaginar alguns irmãos e algumas irmãs afirmando tudo isso acima. Quantos não irão meter o porrete em meus lombos só por causa de um simples neologismo (isso mesmo, neologismo! Tal palavra que inicia essa postagem não existe na Língua Portuguesa). Mas, a final de contas, qual é o meu verdadeiro interesse em escrever sobre isso? A Resposta é bem simples: mostrar que os já conhecidos Congressos de Jovens e Adolescentes realizados em quase todas as Assembleias de Deus em Alagoas - como em outros estados, talvez - não passarão de alguns eventos inseridos no "calendário cultural" da denominação.

Não quero aqui construir a imagem de que sou contra a realização desses congressos, longe de mim ser contra a um evento carregado de boas intenções (assim como o inferno também é), mas meu objetivo é refletir sobre o que muitos jovens realmente pensam sobre esse tipo de festividade. Sem nenhum exagero e observando o comportamento de alguns durante o CONJOAAD 5ª Região (Congresso de Jovens e Adolescentes da Assembleia de Deus da 5ª Região), pude perceber que em muitos momentos os "bambinos" de Jesus aproveitaram a ocasião do famoso "reteté" para sambarem na presença de sei lá quem.

Foi muito cômico ver a moçada (e a rapaziada também) no maior frevo gospel enquanto se tocava os mais diversos ritmos. O que era para ser apenas um congresso acabou virando um congrernaval puro. Em todos os momentos, James? Não! Em todos, não! Mas em boa parte sim! E não há exageros aqui.

Muitos afirmarão com toda veemência que "é melhor que os jovens façam isso na igreja do que passar quatro dias no mundo", mas ficar a vida inteira sem compromisso com Deus, ainda que esteja na igreja, não preocupa? Estar na igreja num congresso apenas para passar o carnaval não é sinônimo de que o jovem está salvo e que seria arrebatado caso Jesus voltasse durante o evento.

Está na mais do que na hora de pensar com carinho sobre o que de fato faria Jesus durante esse período se estivesse em carne e osso conosco. Será que Ele daria seus pulinhos e arriscaria uns passinhos só para mostrar que é espiritual? Será que Ele preferiria um bando de mornos alardeando durante os quatro dias de carnaval que é quente sem ser?

Continuo a insistir que não sou contra os congressos, mas não vou deixar de analisar certas condutas que são frequentes nesses acontecimentos que, tão logo acabam, ficam no esquecimento de muitos. Isso sem deixar de mencionar também que qualquer "reteté" fora do contexto carnavalesco-gospel, passa a ser considerado "meninice" ou coisas afins.

Então queridos e queridas, mais uma vez eu pergunto, estamos nos parecendo com Cristo?


Fonte:http://parecidoscomcristo.blogspot.com/
Postado em
22 de fevereiro de 2012

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