quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Refugiados da Eritreia enfrentam iminente repatriação do Egito e elevado risco de perseguição em seu regresso

Eritreia

Um grupo de 118 refugiados eritreus estão para ser deportados de um centro de detenção em Aswan, Egito, de acordo com a ONG italiana Agenzia Habeshia, após oficiais deste centro de detenção terem emitido notificações de deportação iminente na semana passada.

Enquanto todos os refugiados correm o risco de grave perseguição se voltarem para a Eritreia, dez deles ocupavam posições chaves dentro do regime eritreu antes de fugirem do país, e suas vidas estariam em extremo perigo caso retornem.

De acordo com a Agenzia Habeshia, alguns homens do grupo foram gravemente espancados há uma semana e, agora, recebem cuidados médicos.

O contínuo êxodo de cidadãos eritreus, estimados de forma conservadora em mil pessoas por mês, é um testemunho à presente crise de direitos humanos no país. Aqueles que escapam da Eritreia geralmente recebem proteção inadequada dos países africanos vizinhos. Centenas de refugiados eritreus, incluindo muitas mulheres e crianças, continuam reféns do tráfico humano nos acampamentos do Deserto do Sinai. Lá eles enfrentam assédio, abuso sexual e tortura até que seus parentes façam pagamentos exorbitantes a seus captores para assegurar sua libertação. Um relato recente da CNN confirmou que muitos têm seus órgãos removidos de seus corpos para venda, antes de serem largados à morte.

O diretor de advocacia da CSW, Andrew Johnston, disse: “A CSW se junta à Agenzia Habeshia em pedir por uma rápida ação da comunidade internacional para interromper a deportação iminente dos refugiados da Eritreia em Aswan. O governo egípcio deve ser instado a levar a sério seu dever de proteger refugiados vulneráveis e acabar com estas deportações que violam a Convenção do Refugiado das Nações Unidas de 1951, da qual o Egito é signatário. Além disso, é aterrador que, quase um ano após os acampamentos de reféns do Sinai terem sido trazidos à luz, eles ainda continuem a existir.

O tráfico humano de órgãos por lucro e o tratamento desumano destes refugiados representa assassinato e é uma afronta à humanidade. Instamos às autoridades egípcias a agir de forma decisiva para combater o tráfico humano desenfreado dentro de suas fronteiras e para garantir que os autores dessas atrocidades sejam levados à justiça”.



Fonte:http://www.portasabertas.org.br/
Postado em 17 de novembro de 2011

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