MALÁSIA/RUSSIA (50º) - Os cristãos responsáveis pela importação e impressão de Bíblias na Malásia disseram que tem sofrido diversas restrições por causa de imposições que o governo tem feito a eles.
No dia 15 de março de 2009, o governo confiscou um carregamento de 5.100 Bíblias e, sem consultar o proprietário (a Sociedade Bíblica da Malásia), aplicou um selo do governo em cada uma delas. A justificativa oficial foi que elas deveriam ser apenas usadas pelos cristãos.
Em janeiro de 2011, mais 30 mil Bíblias foram confiscadas e permanecem no porto de Borneo. Elas pertencem ao ministério Gideões Internacionais, mas segundo informações oficiais só poderão ser retiradas após o governo aplicar o selo.
Os cristãos malásios não querem aceitar as condições impostas pelo governo e estão buscando meios de reaver os materiais. Apesar disso, o governo insiste em dizer que o ato de selar as Bíblias e cadastrá-las é apenas um procedimento padrão e, após as manifestações, somente aceitou alterar o tipo de selo para outro que diz: “Somente para cristãos”.
Alguns cristãos que possuíam recursos fizeram uma oferta para o governo para comprar os lotes de Bíblias confiscados e, após o governo anunciar isso, Sociedade Bíblica da Malásia decidiu buscar seus materiais sob a condição de que não aceitaria ser indenizada pelos cristãos, mas somente pelo governo. A justificava para recolher as Bíblias foi: “fizemos isso para prevenir a possibilidade de novos atos de desrespeito e profanação”.
Os líderes afirmaram que não venderão as Bíblias e que elas serão preservadas como parte da herança da Igreja na Malásia. Em resposta a esses incidentes, o governo aumentou as restrições de impressão e importação de Bíblias nas línguas indígenas na Malásia, com exceção das cidades Sarawak e Sabah, onde 64% dos cristãos são indígenas. Ali essas proibições e restrições não terão validade.
Na parte do sul do país, que é predominantemente muçulmana, os cristãos só poderão adquirir Bíblias agora com o selo do governo na capa, identificando o material como cristão.
Esse problema com as Bíblias está diretamente ligado com a disputa entre cristãos e muçulmanos para o uso da palavra “Allah”. Não muçulmanos não podem usar essa palavra em nenhum tipo de publicação.
Os cristãos compõem 9% da população malásia com um total de 28 milhões. Por isso, ore para que eles consigam enfrentar essas novas dificuldades.
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