BUTÃO (14º) - O líder de oposição do Butão, Lyonpo Thsering Togbay, desaprova a conversão religiosa.
“Eu sou a favor da propagação dos valores espirituais e tudo mais que é permitido para tornar o homem em algo bom,” ele disse à agência de notícias Compass. “Mas nós não podemos ter uma competição entre as religiões no Butão.”
Ele diz, no entanto, que os cristãos devem ter direitos iguais aos dos hindus e budistas.
“Nossa constituição garante o direito de liberdade de expressão – ponto final, sem condições,” ele disse. “Mas agora, com um pequeno estado-nação, existem algumas realidades. O cristianismo é muito mais evangelístico do que o hinduísmo e o budismo.”
Togbay disse que existem cristãos que são tolerantes e compassivos com as outras pessoas, culturas e religiões, mas “existem cristãos que parecem estar em pé de guerra para salvar todas as almas. Esse é o seu chamado, e isso é bom para eles, exceto no Butão, onde não temos números para acomodar tal movimento.”
Sendo uma pequena ilha entre a Índia e a China, a vulnerabilidade geopolítica do país faz com que as autoridades queiram se antecipar a qualquer inquietação religiosa, política ou social. Sem economia ou solução militar, o Butão procura se afirmar e celebrar a soberania através de sua distinta cultura, baseada no budismo, dizem as autoridades.
“Eu estudei em colégio cristão, vivi no ocidente, e me aproximei de testemunhas de Jeová – no metrô, no elevador, no restaurante nos EUA e na Suíça. Não estou dizendo que é ruim. Mas eu seria um tolo se considerasse isso dessa maneira no Butão,” ele diz. “Existem outras coisas que me trazem preocupação nesse aspecto. As religiões no Butão devem viver em harmonia. Muitas vezes eu me deparo com aqueles que buscam converter os outros, apontando para nossas estátuas de divindades e dizendo que esse ídolo é o demônio. Isso não é bom para a segurança e harmonia do nosso país e a busca por felicidade”.
Não há interação entre os cristãos e o governo. Lideranças cristãs disseram que estão abertas para diálogos para remover todos os “desentendimentos” e “desconfianças”.
“Felizmente, nossa liderança é sincera e confiável”, disse um líder cristão.
Postado em 29 de abril de 2011
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