Bancos de madeira vazios na Assembleia de Deus da Avenida Ministro Edgard Romero, Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. O pastor usa microfone, mas nem precisava.
No culto da noite de quarta-feira, 15 pessoas ouviam a pregação do pastor Izael Jacinto em sua igreja. Normalmente, segundo ele, o número é quatro vezes maior.
Com a violência que vem assustando os moradores de Madureira, os fiéis se afastaram. Por enquanto, resta ao pastor orar para que esse período acabe. “A frequência tem sido pequena. Quem vai querer correr risco?”, questiona o pastor, que iniciou o culto com 40 minutos de atraso porque ainda não havia fiéis na igreja.
Moradora da parte baixa da Serrinha, uma senhora resolveu ir ao culto mesmo depois do susto que tomou no último domingo, quando precisou se esgueirar pelos muros e paredes da rua para chegar em casa com segurança, em meio ao tiroteio. “Se a situação está muito agitada, nem venho, porque não consigo subir. De segunda para terça-feira, ninguém dormiu na comunidade. Dava para ver os traçantes (tiros) passando” contou ela.
Fonte:http://www.cpadnews.com.br/
Postado em 04 de novembro de 2010
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