O termo "oculto" deriva-se da palavra latina "occultus" e significa escondido, secreto, misterioso. Hoover dá três características principais do ocultismo:
1. O ocultismo lida com fatos secretos ou escondidos.
2. O ocultismo lida com forças ou acontecimentos que parecem estar subordinados a poderes humanos que extrapolam os cinco sentidos.
3. O ocultismo lida com o sobrenatural, a aparição de forças angélicas ou demoníacas.
No ocultismo, encontra-se feitiçaria, magia, quiromancia (ato ler as mãos), mesa ouija, cartas de tarô, satanismo, espiritismo, demonismo e bolas de cristal e muito mais. Logo, o ocultismo não é aprovado pela Palavra de Deus, que nos diz: "Abstende-vos de toda aparência do mal" (1 Ts 5.22).
a) As práticas ocultistas têm ligações demoníacas e são condenadas por Deus — A prática da necromancia é condenada pela Bíblia. O ocultismo inclui a necromancia, ou seja, a evocação dos mortos. Se algo sobrenatural acontece nesses rituais, com certeza não são os espíritos de pessoas que já morreram, pois na narrativa do rico e Lázaro, Jesus nos mostrou que a situação dos seres humanos após a morte é irreversível, seja no céu ou no inferno (Lc 16.19-31). Os que pensam conversar com os mortos estão, na verdade, "dando ouvidos a espíritos enganadores e à doutrina de demônios" (1 Tm 4.1).
b) O panteísmo, princípio que rege o ocultismo, é condenado pela Bíblia — Esta crença consiste em afirmar que Deus é tudo, que ele conde-se com o universo. O panteísmo confunde a criatura com o criador. Veja o que determinada seita ocultista prega acerca de seu panteísmo:
Sou grande parte do Grande Todo;
Sou um centro de Energia Divina;
Manifesto conscientemente minhas possibilidades divinas;
Sou um com o Supremo bem onipresente.
De acordo com esta doutrina, Deus não possui personalidade distinta de sua criação. Mas Deus não faz parte da criação, pois Ele a criou e governa. Deus está acima de toda a criação, e toda criação depende de Deus para existir: pois "ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17); e "todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1.3); é Ele que sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3).
Em suma, "Deus é aquele que está acima de tudo e em tudo, contudo é distinto de tudo" (G. D. B. Pepper)
c) A verdadeira sabedoria não pode ser verdadeira por meios místicos — O homem, por si só, por meio de meditações ou concentração de espírito não pode alcançar "o conhecimento superior". A verdadeira sabedoria não é obtida por rituais. O apóstolo Paulo disse a Timóteo "Persiste em ler" (1 Tm 4.13). A palavra de Deus nos torna sábios, pois, "o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices" (Sl 19.7) e "A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples" (Sl 119.130). "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento" (Pv 1.7).
d) A moralidade do ocultismo se choca com a moralidade bíblica — Ideais ocultistas estão cada vez mais difundidos no mundo. Não é difícil ouvirmos algo do tipo: "Não importa o que você vai fazer, apenas siga seu coração". Estas pessoas não sabem que o coração é mais enganoso do que todas as coisas (Jr 17.9). O melhor e mais correto a seguir não é nossa emoção ou sentimentos, mas a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2).
e) O ocultismo rejeita Jesus como Messias — Os ocultistas negam a divindade de Cristo, para eles Jesus foi apenas mais um mestre religioso, tal qual Buda ou Confúcio. Entretanto, Jesus é muito além disso: Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5.20); Em Jesus habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9); Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6); e — como diz a base da pregação pentecostal — é Jesus quem salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.
f) O ocultismo não fala de pecado, nem de necessidade de salvação — Seitas ocultistas negam o pecado e chegam a repudiar o sangue de Jesus afirmando que se o pecado existisse, nem a crucificação de Jesus poderia extingui-lo. Sendo que nós somos salvos pela graça de Deus, mediante a fé; e isto não vem de nós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8,9). "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós" (1 Jo 1.8). "Em quem [Jesus] temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça" (Ef 1.7).
Todos os homens pecaram, são merecedores da ira divina e carecem da glória de Deus (Rm 3.23). Porém, através da fé em Cristo, e somente nEle, é que o homem pode ser salvo — em nenhum outro há salvação (At 4.12). O destino dos feiticeiros, de todos ocultistas é a segunda morte (Ap 21.8), porém eles sequer acreditam nela — acham que o céu e o inferno não são reais. Devemos orar e pregar a Palavra de Deus para que, quando eles perceberem que o inferno é real, não seja tarde demais. "E apiedai-vos de alguns, usando de discernimento; E salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo' (Jd 1.22,23)
O cristão deve abandonar isso Crenças ocultistas estão cada vez mais conhecidas e aceitas no mundo. Seja por livros ou filmes, espalhando obras ocultistas e apresentando-as como boas.
Uma declaração da autora da série Harry Potter, J. K. Rowling, publicada no Lodon Times, ao ser indagada a respeito da oposição dos cristãos aos seus livros:
“Eu acho que é absolutamente vergonhoso protestar contra livros infantis e alegar que eles estão ludibriando e levando as crianças para Satanás. As pessoas deveriam ser gratas a eles por isso! Esses livros levam as crianças a entender que o fraco idiota Filho de Deus não passa de uma brincadeira vivente e que será humilhado quando a chuva de fogo realmente começar a cair, enquanto isso, nós servos fiéis do Senhor das Trevas, vamos rir e celebrar com danças a nossa vitória”.
Uma menina de nome Ashley Daniels, 9 anos, típica criança americana, leitora de Harry Potter, declarou:
“Antigamente eu acreditava naquilo que aprendia na Escola Dominical, conjurando um antigo encantamento para invocar Cérbero, o cachorro monstruoso de três cabeças que, segundo a mitologia grega, guarda as portas do inferno. O entanto, os livros de Harry Potter mostraram-me que a magia é real, algo que posso aprender a usar agora, e que a Bíblia só contem mentiras enfadonhas” (The Onion Newsletter, edição de julho de 2000). Quando indagada por um repórter se ela estava envolvida com bruxaria, respondeu que sim.
Além de filmes e livros, muitos jogos têm feito com jovens fiquem cada vez mais envolvidos com obras malignas. Os RPGs — role-playing game (jogo de interpretação de personagem) — tem aprisionado muitos e muitos jovens em mundo que vai muito além da fantasia. O primeiro e mais famoso RPG da história é Dungeons & Dragons (Calabouços & Dragões) — seu sucesso trouxe a série animada Caverna do Dragão. A escritora Pat Pulling define D&D da seguinte maneira: "Um jogo de interpretação de papéis de fantasia que usa demonologia, feitiçaria, vodu, assassinato, estupro, blasfêmia, suicídio, insanidade, perversão sexual, homossexualidade, prostituição, rituais satânicos, jogatina, barbarismo, canibalismo, sadismo, invocação de demônios, necromancia, adivinhação etc". Isso passa longe (muito longe) do que deve ocupar a mente do verdadeiro cristão: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai" (Fp 4.8)
RPGs fazem com o jogador adote o papel da personagem, e isso muitas vezes custa-lhes a vida. Veja alguns casos relacionados ao D&D:
Michael Dempsey, de 17 anos, se suicida com um tiro na cabeça em 19 de maio de 1981. Testemunhas o viram tentando invocar os demônios do D&D minutos antes de sua morte.
O jogador de D&D Steve Loyacano se suicida por envenenamento de monóxido de carbono em 14 de outubro de 1982. A polícia afirmou em relatório que coisas satânicas que ele escrevia e uma nota de suicídio ligavam sua morte ao D&D.
O jogador de D&D Timothy Grice, de 21 anos, comete suicídio com um tiro em 17 de janeiro de 1983. O relatório do detetive comenta: “D&D se tornou realidade. Ele achava que não estava preso a esta vida, mas que podia partir e voltar, por causa do jogo”.
O jogador de D&D Steve Erwin, de 12 anos, se suicida com um tiro em 2 de novembro de 1984. O relatório do detetive dizia: “Sem dúvida, D&D lhe custou a vida”.
O jogador de D&D Sean Sellers, de 14 anos, foi condenado à morte por matar os pais e o funcionário de uma loja em 11 de janeiro de 1987. Antes de ser executado, ele entregou sua vida a Jesus. Ele confessou que seu envolvimento com o satanismo começou com o RPG D&D.
Pelos títulos e livros dos RPGs, pode-se ver que há muito mais que fantasia:
Alguns títulos: Igual a Deus, Espada e Feitiçaria, Calabouço de Túmulos, Necromancista (indivíduo que invoca os mortos), Advanced Dungeons and Dragons (muitas e diversas versões), Paranóia, Paranormal, Terra dos Mortos, etc.
Alguns livros:
Manual monstruoso, Livro de magia, A opção do jogador: feitiços & magia, Manual completo do bárbaro, Livro completo dos elfos, Livro completo dos gnomos, Manual completo do sacerdote, Manual completo do ladrão, Manual completo do bruxo, Livro completo dos anões, Livro completo dos vilões, Manual completo dos druidas, Guarda das portas do inferno, Culto do dragão, Servos da escuridão, Volta ao túmulo dos horrores, Sementes do caos, Filhos da noite, Forjado nas trevas, Enciclopédia da magia (vários volumes), Compêndio dos feitiços do bruxo (vários volumes), Xamã, entre muitos outros.
Um cristão não pode estar associado a tais obras satânicas. A Bíblia mostra que é possível ser liberto de tais práticas. Conhecendo a Verdade, que é Cristo (Jo 8.32,36). Jesus transformará o homem em uma nova criatura e o dará uma nova vida (Gl 2.20). Foi o que aconteceu em Éfeso: "Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata" (At 19.19).
Rejeite aquilo que Deus rejeita, abomine aquilo que Deus abomina. Ame o que Deus ama e abrace o que Deus te oferece.
Referências
Josh McDowell e Don Stewart. Entendendo o oculto;
Revista Defesa da Fé. Ano 9 - nº 66;
Revista Defesa da Fé. Ano 8 - nº 61;
Postado em 01 de outubro de 2011
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