terça-feira, 6 de setembro de 2011

Segundo pesquisa, família é fator decisivo para a escolha da carreira



Pais são principal influência para a maioria dos vestibulandos - e, por isso, devem ter cuidado com o que dizem

A opinião familiar é um fator decisivo para os jovens na hora da decisão profissional. É isso que revela uma pesquisa realizada pela Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo. De acordo com o levantamento, 33,3% dos estudantes ouvidos apontam que os familiares pesam quando o assunto é carreira. De acordo com especialistas, os números são um alerta para os pais, que precisam estar cientes da influência que exercem sobre filhos.

"A pesquisa nos mostra que os pais, assim como os alunos e os professores, também precisam de orientação vocacional para não prejudicarem o processo da escolha", diz Luciano Romano, coordenador da pesquisa. É compreensível que o dono de uma empresa queira ver o filho ocupando sua posição em seus negócios no futuro, ou ainda que um advogado deseje ver a filha seguindo seus passos no Direito. Mas a escolha profissional é pessoal e intransferível. "O papel dos familiares nesse momento delicado de escolha é ser um ouvido inteligente e ajudar o estudante a se questionar sobre suas escolhas. Mais do que oferecer respostas, os pais devem ajudar os jovens a fazer as perguntas corretas", diz Maria Beatriz de Oliveira, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Luciano Romano, da Anhembi, aponta outro efeito da pressão familiar. "O mercado de trabalho é dinâmico e muitas vezes os mais velhos não acompanham as mudanças. Por isso, os pais costumam apontar profissões tradicionais e torcem o nariz quando o filho diz que deseja seguir um carreira nova, como design de games, por exemplo." Nessa hora, cabe ao aluno expor seus desejos e pontos de vista. "O jovem está antenado com as transformações das profissão e não pode ter medo de expressar sua vontade", acrescenta o especialista.

Outros fatores também influenciam na hora da escolha profissional, de acordo com a pesquisa realizada em São Paulo. Aparecem na lista as características da profissão (30,5%), a remuneração (26,5) e vocação (17,5%). Como os estudantes puderam assinalar mais de uma fator de influência, a soma final ultrapassa o 100%. Ainda de acordo com o levantamento, as principais dúvidas que assolam os vestibulandos em relação a carreira são a situação do mercado de trabalho (65,1%), a área de atuação de cada profissão (42,6%) e as especializações disponíveis para cada opção de curso (38,8%).

A pesquisa foi realizada com 19.883 estudantes do 3º ano do ensino médio de escola públicas (36%) e particulares (64%) de São Paulo. Desse total, 44% afirmaram que ainda estão indecisos sobre que carreira seguir. De acordo com Luciano Romano, coordenador do estudo, o porcentual reflete a cultura dos jovens e das escolas de se preocuparem com a orientação vocacional apenas nas vésperas do vestibular. "A decisão é um processo que deve ser tratado desde o final do ensino fundamental para que opção seja um processo consciente e consistente", afirma o especialista.

O estudo lançou luz ainda, sobre os fatores que influenciam na escolha da universidade. Para 76,8% das entrevistados, o reconhecimento do mercado de trabalho é determinante enquanto para 60,9% o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) deve ser levado em conta. Ainda, 40,6% afirmaram que a mensalidade é um fator importante na hora da escolha.
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Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em
06 de setembro de 2011

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