NEPAL (*) - Dois anos após um ataque a bomba em uma igreja no Vale Kathmandu que matou três pessoas durante a missa e feriu cerca de uma dúzia, comunidade cristã minoria do Nepal sente-se mais uma vez sob a ameaça após outra igreja no oeste escapar de um ataque a bomba.
Na noite de domingo, enquanto o Parlamento do Nepal elegia um novo primeiro-ministro, em Katmandu, uma bomba foi descoberta no portão da Igreja Aradhana administrada pela congregação Assembléia de Deus em Khairapur, uma vila no extremo ocidente do Nepal.
"Eu vi um objeto estranho na porta da igreja cerca de seis horas", disse Indra Bishwakarma, um padre da igreja. "Quando fui inspecioná-lo mais perto, vi pedaços de metal saliente. Percebi que era uma bomba e chamei meus dois filhos, que estavam dentro da igreja, para sair imediatamente. Então eu informei a polícia."
Um esquadrão anti bomba do Exército do Nepal desativou a bomba depois de quase quatro horas.
O pastor disse que não tinha inimigos pessoais e a plantação da bomba parecia ser um ato dirigido contra a igreja. Ninguém assumiu a autoria pelo ataque abortado.
Em 2009, uma organização clandestina que se autodenomina o Exército de Defesa do Nepal (EDN) e busca a restauração do hinduísmo como religião do Estado, plantou uma bomba dentro da sala de oração da Igreja da Assunção, no Vale Katmandu, matando duas mulheres e uma adolescente de 14 anos.
No ano anterior, o EDN bombardeou a Igreja Jyoti no bairro ocidental de Banke e uma mesquita no leste de Biratnagar, matando dois homens em oração.
Liderados por um homem chamado Ram Prasad Mainali, o EDN extorquiu igrejas e ameaçando cristãos e muçulmanos, pedindo-lhes para deixar Nepal ou encarar a morte.
Embora Mainali tenha sido preso em 2009, muçulmanos e cristãos estão preocupados com a decisão do governo interino outrora comunista de manter relações com o EDN e retirar casos contra ela, libertando todos os seus líderes presos.
"Houve relatos pela polícia este ano que Mainali estava tramando da prisão bombardear locais públicos com a ajuda de seus cúmplices", disse Chirendra Satyal, porta-voz da Igreja de Assunção.
"Ele tem os números de telefone da maioria de nós e sabe onde vivemos. Sentimo-nos ameaçados pelo gesto do governo de considerá-lo como um partido político e libertá-lo."
Tradução: Yara Ferreira
* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.
Fonte:http://www.portasabertas.org.br/
Postado em 20 de setembro de 2011
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