Todos os cristãos estão sob vigilância e as atividades da Igreja são limitadas. A comunidade local reage agressivamente contra convertidos que renunciam o culto a espíritos
Localizado no Sudeste Asiático, o Laos é caracterizado por seu terreno extremamente montanhoso, apresentando poucas planícies e planaltos.
A fronteira norte do país faz parte da região conhecida como Triângulo Dourado (Mianmar, Laos e Tailândia), de onde sai grande parte da heroína consumida no mundo.
A Igreja
Os missionários católicos chegaram ao Laos no século XVII. Em 1902, comunidades na Suíça enviaram uma missão ao sul do Laos, onde plantaram igrejas, começaram uma escola bíblica, e traduziram a Bíblia para o idioma laosiano. Em 1928, a pequena missão convidou a Aliança Missionária Cristã (AMC) para enviar missionários ao norte do país.
A entrada do comunismo em 1975 obrigou todos os missionários a deixarem o Laos. A AMC, entretanto, continuou a trabalhar no norte, e a missão suíça no sul. A população cristã naquela época era de dez mil pessoas. Depois do comunismo, mais de 50% abandonou o país.
Há aproximadamente 250 congregações protestantes no país. São reconhecidos apenas três grupos cristãos - a Igreja Evangélica Laosiana, os Adventistas do Sétimo Dia e os Católicos Romanos.
Embora não haja um número definido de cristãos, a maior parte dos estudiosos afirma haver de 100 a 120 mil evangélicos no país.
O maior grupo cristão é da tribo khmu (entre os laosianos do planalto), compondo 50% dos evangélicos. O resto está entre os hmong, bru, lao (entre os laosianos das montanhas). A maioria das igrejas está na zona rural. De fato, só três igrejas protestantes estão localizadas em cidades.
A taxa de crescimento estimada é de dois mil convertidos por ano. Sabe-se que há cristãos em 11 das 16 províncias.
A perseguição
Apesar de a Constituição laosiana conter princípios favoráveis à liberdade religiosa, o governo continua a restringir essa liberdade, forçando cristãos a renunciar a sua fé, aprisionando-os e fechando seminários.
Ainda vigoram proibições relativas à evangelização pública, à construção de igrejas e a ligações com organizações estrangeiras. Reuniões religiosas sem o devido consentimento das autoridades comunistas são proibidas e todos os grupos religiosos devem ser aprovados pelo crivo de uma organização controlada pelo Partido Revolucionário do Povo do Laos. Monges budistas têm reivindicado restrições ainda maiores à atividade cristã, e o governo tem apoiado esforços para levar cristãos a renunciar sua fé em favor do budismo.
Tem aumentado a perseguição contra os convertidos hmongs, que são normalmente considerados rebeldes contra o Estado. Desde novembro de 2006, 52 famílias hmongs foram presas. Destas, 27 pessoas ainda estão presas, e sete famílias fugiram. Em julho de 2007, 13 crentes hmongs foram assassinados.
Há algumas atitudes positivas. Ao longo dos dois últimos anos, a maior parte das igrejas que estavam fechadas foi reaberta. O governo central tomou medidas para educar as autoridades das provinciais na implementação das leis religiosas. Esse desenvolvimento conteve a perseguição em algumas áreas remotas.
Fonte:http://www.portasabertas.org.br/
Postado em 29 de setembro de 2011
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