quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pastor cubano e família chegam aos EUA

Muro em Cuba


CUBA (41º) - O Rev. Carlos Lamelas, de 50 anos, sua esposa Uramis e duas filhas, Estephanie, 18 anos, e Daniela, 10 anos, aterrissaram no Aeroporto Internacional de Miami no último dia 7 de julho. Ele recebeu asilo político nos Estados Unidos devido à perseguição que suportou por mais de cinco anos nas mãos das autoridades cubanas.

Em 20 de fevereiro de 2006, oficiais de segurança invadiram a casa de manhã cedo e o prenderam. Eles acusaram o bem sucedido evangelista que plantava igrejas de “tráfico humano”, uma acusação relacionada ao auxílio a cubanos que desejavam escapar do país sem autorização do governo. Os amigos mais próximos de Carlos, entretanto, disseram que a polícia o alvejou porque ele tinha desafiado o regime de Fidel com questões de liberdade religiosa.

Durante sua prisão, choveram centenas de cartas de cristãos ao redor do mundo, confirmando suas orações por ele e oferecendo encorajamento. Os carcereiros admitiram a Uramis que as correspondências criaram dificuldades para eles e que “tinham decidido mudar o procedimento”.

Após quatro meses de sua prisão, Carlos foi solto inesperadamente. As autoridades o julgaram em dezembro de 2006. O promotor do Estado recomendou a absolvição da acusação de tráfico humano, o que poderia render uma sentença de até nove anos de cadeia.

Naquele mesmo mês, o tribunal condenou Carlos a uma acusação sem aviso prévio de “falsificação de documentos” e o multou em mil pesos cubanos (cerca de R$76,00). A ação foi vista como um recado a Carlos de que ele ainda permanecia sob vigilância.

Após a prisão, o mais difícil foi conseguir emprego. Os líderes de sua denominação já haviam expulsado Carlos da igreja a mando das autoridades do governo. Ele sustentou sua família como fotógrafo freelance.

Temendo outra prisão inesperada e uma possível prisão de longo prazo, Carlos solicitou asilo político em 2010, o que lhe foi negado. Ele descreveu sua provação a amigos como “nossas águas espirituais de Mara. Como quando Moisés estava conduzindo o povo de Deus através do deserto e, com fome e sede, eles encontraram as águas amargas de Mara”.

Um funcionário dos EUA em Havana, conhecendo o caso de Carlos, encorajou-o a solicitar o asilo outra vez. Após entrevistas com a família, em 22 de março, o Departamento de Segurança Interna determinou que ele e sua família estavam qualificados para serem refugiados políticos.

A família será assentada no Texas sob os cuidados da Divisão de Assuntos de Refugiados dos Serviços de Imigração e Cidadania dos EUA.

Carlos admitiu que a notícia de que eles tinham se qualificado como refugiados políticos veio como um choque, embora bem-vinda. Ele tinha sofrido de doenças crônicas do estômago durante a prisão. E voltou a ter problemas. Mas, assim que soube da decisão do asilo, começou a melhorar.

“De nossa parte, temos estado abertos à vontade de Deus e sabemos que Ele nos levará onde melhor podemos servi-lo”, escreveu ele. “Nosso compromisso moral com a obra do Senhor é permanente e sem fronteiras... Sabemos que muitos irmãos e irmãs colaboraram para o nosso benefício; lamentamos não saber especificamente quem são eles. Todavia, queremos que eles saibam que nosso amor e gratidão estão selados em nossos corações pelo resto de nossas vidas”.



Fonte:http://www.portasabertas.org.br/
Postado em
21 de setembro de 2011

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