sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mais de 50 mortos em atentado contra mesquita no Paquistão

Segundo fontes locais, havia mais de cem pessoas no templo, e muitas crianças


Mais de 50 pessoas morreram nesta sexta-feira durante um ofício religioso devido à explosão de uma bomba acionada por um camicase numa mesquita do noroeste do Paquistão, país ensanguentado pelos atentados de talibãs aliados da Al-Qaeda, que já deixaram 3.800 mortos em três anos.

Segundo fontes locais, havia mais de cem pessoas no templo, e muitas crianças.

Um camicase explodiu a carga em meio aos fieis reunidos para a grande oração das sextas-feiras em uma mesquita de Ajurwall, povoado próximo de Peshawar, a grande cidade do noroeste, informou Jalid Umarzai, chefe da polícia local.

"O teto principal desabou e muita gente ficou presa entre os escombros", acrescentou.

Quase 3.800 pessoas morreram desde 2007 em todo o país numa onda de mais de 400 atentados e ataques - principalmente suicidas - cometidos pelos talibãs paquistaneses aliados da Al-Qaeda.

O atentado desta sexta-feira foi cometido no distrito de Darra Adam Jel, onde uma operação militar estava em curso contra insurgentes extremistas. "Não esperávamos este tipo de ataques", acrescentou Umarzai.

Os camicases geralmente atacam prédios oficiais ou as forças de segurança, mas, nos últimos meses, se voltaram para objetivos civis, inclusive locais de culto de correntes minoritárias do Islã no Paquistão, como os xiitas ou sufis considerados heréticos pelos talibãs, que são sunitas radicais.

Em 3 de setembro quase 60 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas num atentado suicida cometido contra xiitas em Quetta (sudoeste).

Em 2 de julho, um duplo atentado suicida deixou 42 mortos no mausoléu de um santo sufi repleto de peregrinos em Lahore. Da mesma forma, em 7 de outubro nove pessoas morreram num duplo atentado suicida no mausoléu sufi de Karachi, no sul.

Os talibãs, aliados da organização Al-Qaeda, decretaram em 2007 uma jihad (guerra santa) contra Islamabad por seu apoio à "guerra contra o terrorismo" de Washington.

As zonas tribais do noroeste do país, fronteiriças do Afeganistão, constituem seu principal santuário, assim como a base de retaguarda dos talibãs afegãos.

Os aviões teleguiados da Agência Central de Inteligência americana (CIA) disparam mísseis na zona quase diariamente para tentar acabar com os dirigentes da rede de Osama Bin Laden e dos talibãs afegãos e paquistaneses.


Fonte:http://www.cpadnews.com.br/
Postado em 05 de novembro de 2010

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