Egípcio parado em frente à igreja incendiada na noite de sábado no Cairo, em confrontos entre cristãos e muçulmanos
Os cristãos egípcios, majoritariamente coptas, representam 10% da população do país
Ao menos dez pessoas morreram e 144 ficaram feridas --várias delas em estado grave-- no confronto armado registrado na noite de sábado entre cristãos e muçulmanos no bairro cairota de Imbaba, informaram fontes oficiais, segundo as quais a calma retornou a essa região da capital.
O incidente aconteceu quando grupos de muçulmanos atacaram a igreja de Mar Mina ao crer que os cristãos mantinham presa ali uma mulher que tinha se convertido ao Islã para se casar com um jovem desse credo.
Fontes médicas e oficiais citadas pela agência oficial Mena indicaram que o número de mortos chegava nas últimas horas a nove, depois que três pessoas que tinham ficado gravemente feridas morreram.
Seis das vítimas são muçulmanas e três cristãs coptas. Em declarações à televisão, Ali Abdel Rahman, governador da província de Giza, que inclui amplos setores do Grande Cairo e onde se encontra Imbaba, disse que o Exército e a polícia tinham conseguido devolver a calma a esse bairro.
Segundo a televisão pública, as declarações que algumas das testemunhas fizeram tornam impossível estabelecer quem começou o confronto e de onde procediam os disparos. Também foram lançados coquetéis molotov.
Os muçulmanos agressores pertencem à corrente dos salafis, uma das mais rigorosas do Islã e que a cada dia está ganhando mais terreno no Egito. Os cristãos egípcios, majoritariamente coptas, representam 10% da população do país, calculada em cerca de 75 milhões de habitantes.
Periodicamente há incidentes armados entre cristãos e muçulmanos no Egito por razões religiosas, especialmente no sul do país, embora começam a ser mais frequentes nesta capital.
Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 09 de maio de 2011
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