Grupo de prisioneiros algemados foi exibido em uma conferência de imprensa em Bagdá
O ministro do Interior do Iraque, Jawad Al Bolani, pediu hoje a pena de morte para um grupo de 39 detidos suspeitos de pertencerem à rede terrorista Al Qaeda, antes mesmo do julgamento por conspirar para bombardear alvos na capital Bagdá. Exibindo o grupo de prisioneiros algemados em uma conferência de imprensa em Bagdá, o ministro do Interior disse que está confiante de que os homens serão considerados culpados - citando suas alegadas confissões, além de documentos e vídeos encontrados em suas casas que provariam ataques anteriores e planos para novos atentados.
Bolani não disse quando os homens foram presos, mas descreveu-os como agentes do Estado Islâmico do Iraque, um braço da Al Qaeda baseado na província iraquiana de Anbar, dominada pelos sunitas. "Hoje, nós lhe enviaremos estes criminosos e os resultados da investigação aos tribunais, que os sentenciarão à morte", disse Bolani, um muçulmano xiita, a repórteres. "Nossa demanda é que não se atrase a realização das execuções contra esses criminosos para que detenhamos elementos terroristas e criminosos".
Os presos, que estavam vestindo macacões laranja, ficaram calados durante toda a conferência de imprensa. Bolani, que faz lobby para manter seu cargo durante a formação do novo gabinete, disse que uma rápida condenação à morte garantirá que os detentos não sejam libertados pelas forças de segurança. Os comentários de Bolani geraram críticas de Abdul Rahman Najim Al Mashhadani, chefe da Organização de Direitos Humanos Hammurabi, que tem ajudado o governo iraquiano a reforçar o sistema judicial iraquiano. "Veredictos devem ser emitidos pelas cortes, não por ministros", disse Mashhadani, prevendo que vários dos detidos devem ser inocentados no julgamento.
A violência caiu drasticamente no Iraque desde a guerra sectária de 2006 e 2007, mas assassinatos e ataques a bomba ainda ocorrem diariamente. As forças de segurança iraquianas enfrentam dificuldade para enfrentar o terrorismo, diante da retirada das tropas de combate dos Estados Unidos.
Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 04 de dezembro de 2010
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