quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AD 100 anos: uma igreja do tamanho do Brasil

Logomarca do Centenário das Assembléias de Deus no Brasil


Assembleia de Deus faz das comemorações do seu centenário mais um desafio missionário

Às portas do seu centenário, a Assembleia de Deus está em festa. Maior denominação evangélica e segunda instituição religiosa do país em número de fiéis – atrás, apenas, da Igreja Católica Romana –, a Assembleia de Deus (AD) comemora em 2011 um século de existência, trajetória marcada pelo fogo pen tecostal e pelo ardor missionário. Mais popular das confissões protestantes em território nacional, a AD é uma igreja com a cara do Brasil. Presente das grandes cidades aos vilarejos do interior, ela congrega gente de todo tipo, origem e classes sociais; ao mesmo tempo, mantém a ortodoxia doutrinária e a fidelidade às Escrituras que se tornaram sua marca desde que os fundadores, os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, aportaram em Belém (PA). Daqueles tempos de pioneirismo e perseguição, ficou na alma dos assembleianos a urgência de anunciar o Reino de Deus. Há quase 100 anos, os crentes da denominação só têm colocado mais e mais pedrinhas em sua coroa – é assim que eles, carinhosamente, chamam as almas ganhas para Jesus.

A ocasião festiva já está sendo comemorada em diversos eventos e a agenda vai ficar cheia até 2011. A coordenação do programa do centenário está a cargo da Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil (CGADB), entidade que congrega mais de 100 mil igrejas e 35 mil pastores. O número exato de fiéis é impossível de mensurar. “Segundo o Censo de 1991, os assembleianos eram 2,4 milhões; já em 2000, 8,1 milhões de pessoas se declararam membros da AD”, lembra o pastor Silas Daniel, diretor de Jornalismo da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). “Nove anos depois do último Censo, com base não apenas em projeções, mas em dados de crescimento que nos chegam de alguns ministérios regionais, chega-se a um número estimado de 15 milhões.”

“Sal e luz”

A verdadeira dimensão numérica da AD é menos importante do que seu legado. Ao longo do século 20, a denominação exerceu papel fundamental na evangelização do país. “Há décadas as Assembleias de Deus têm feito a diferença em uma sociedade que diariamente perde os referenciais de ética, integridade, vida espiritual e moral”, destaca o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB. Em abril, ele foi reeleito para seu décimo mandato à frente da entidade numa participação recorde, tendo mais de 13 mil ministros eleitores, derrotando o pastor Samuel Câmara. A primeira vice-presidência ficou com o pastor e conferencista Silas Malafaia. “Deus nos chamou para ser sal e luz, e temos obedecido a esse chamado com poder e autoridade. O trabalho dos pioneiros continua em nossos dias, e o Senhor nos proporcionou os meios para fazê-lo da melhor forma possível.”

Sobre as comemorações, Wellington lembra que a história da AD é caracterizada pelo mover divino. “Cem anos não são cem dias. Contamos tempos trabalhosos, de perseguição, de incompreensão contra a nossa fé, e hoje podemos colher os frutos de um evangelismo pacífico e respeitoso em nossa nação. Deus se fez presente conosco, confirmando sua Palavra e acrescentando à igreja os que vão sendo salvos”. A programação começou oficialmente durante a Assembleia Extraordinária da CGADB em Porto Alegre (RS), ano passado. O marco inaugural foi um cerimonial no Hotel Sheraton, na capital gaúcha, com a presença de líderes de quase todas as convenções regionais e de órgãos ligados à igreja. Ali, toda a programação de 2008 a 2011 foi exibida em vídeo. Na ocasião, foi apresentada também a marca do centenário, que representa o número “100” estilizado com uma chama – lembrando o pentecostalismo – e duas alianças entrelaçadas.

Um dos destaques das comemorações é a série de conferências pentecostais que serão promovidas até 2011, uma em cada região do país. “Serão grandes eventos evangelísticos e de renovação espiritual”, descreve José Wellington. Mas o que está motivando os assembleianos do Brasil é mesmo comemorar os cem anos bem ao seu estilo – ou seja, pregando a Palavra a toda criatura. Uma das metas até 2011 é que cada membro leve ao menos uma pessoa à conversão ao Evangelho. Outro desafio é abrir uma congregação da AD em cada município do país. “Queremos que todas as cidades tenham uma igreja da Assembleia de Deus pregando a salvação em Jesus Cristo”, anuncia o dirigente.

A primeira conferência foi realizada no Centro-Oeste, em outubro de 2008, no Grande Templo da AD em Cuiabá (MT). A segunda será na Região Sul, em Curitiba, ainda este ano. Em seguida, será a vez do Nordeste, na cidade de Recife (PE), em junho de 2010; depois, será a vez da Região Norte, com o evento em Belém do Pará, já em junho de 2011, na semana de aniversário de cem anos da denominação no Brasil. Finalmente, em outubro de 2011, será realizada a última conferência, desta vez no Sudeste, na cidade de São Paulo, ocasião em que será inaugurado o novo templo-central da Assembleia de Deus do Belenzinho (SP).



Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 01 de dezembro de 2010

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