sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Cristãos constroem hospital para tratar de vítimas do Boko Haram na Nigéria

 
 A clínica está sendo financiada por uma igreja


Anglicanos no norte da Nigéria estão construindo um centro hospitalar para ajudar as milhares de vítimas que sofrem com a perseguição por parte do grupo terrorista Boko Haram.

 O bispo Emmanuel Mani, da diocese de Maiduguri na província de Jos, pretende fazer da nova clínica um centro de tratamento que atenderá não apenas os cristãos perseguidos, mas todos que estiverem traumatizados pelo terrorismo no país.

 A clínica está sendo financiada por uma igreja e está custando 15 milhões de nairas da Nigéria, ou cerca de 45 mil dólares.

 O jornal 'Premium Times', que anunciou o empreendimento, relatou que embora seja uma clínica Anglicana, o governo pediu à diocese para disponibilizá-la a todos, para que toda a comunidade seja beneficiada.

 "Este é um hospital diocesano para todos. Nós vamos usar nossos médicos, enfermeiros e todos os trabalhadores de saúde — todos já aposentados e voluntários— para a prestação de serviços para a comunidade e nós esperamos que os serviços sejam gratuitos", disse o bispo Mani.

 A pedra fundamental já foi colocada no último domingo (21), segundo a revista 'Sight'.

 Bispo Mani destacou que o interessante sobre esse novo projeto é que os engenheiros do governo também estão supervisionando sua execução.

 "A coisa boa sobre este projeto é que os engenheiros do governo nos forneceram um plano [de obra] e estão supervisionando o projeto. Eles estão fazendo isso de graça", contou.

 "Quando procuramos o Ministério da Saúde para informá-los sobre nossos planos de construir um posto de saúde e um centro de tratamento de traumas dentro das instalações da igreja, eles se mostraram altamente satisfeitos e nos encorajaram a ir em frente com o projeto". O hospital também terá uma sala de partos, uma mini sala de cirurgias, uma farmácia e um laboratório.

 De acordo com a organização 'World Watch Monitor', a região de Maiduguri tem sofrido com os ataques do Boko Haram. A cidade esteve fechada para a entrada de forasteiros por dois anos, mas foi novamente aberta aos visitantes no verão passado, depois que os militares resgataram as aldeias e libertaram 90 pessoas. Mais de 50 pessoas foram então mortas por uma bomba do Boko Haram em setembro do ano passado e dezenas ficaram feridas.



 Postado: 26 de agosto de 2016

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