segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Segundo G1, maioria dos deputados é contra o aborto



Portal divulgou levantamento sobre 13 temas polêmicos para a próxima legislatura

O G1, portal de notícias da Globo, divulgou neste sábado (29) dados de um levantamento feito com 414 deputados dos 513 que vão formar a nova Câmara a partir do dia 1º de fevereiro, terça-feira. Os parlamentares foram questionados sobre 13 temas polêmicos. Entre eles, a descriminalização da maconha e do aborto.

Segundo o G1, a descriminalização do aborto, tema que ganhou destaque na campanha presidenciável em 2010, é rejeitada pela maioria dos deputados da futura legislatura. Em resposta a pergunta "É favorável à descriminalização do aborto?", 267 disseram "não", 78, "sim", 37, "em termos", e 32 não souberam responder, totalizando 414 dos 513 deputados que farão parte da nova legislatura.

Ainda segundo o portal, os 267 deputados que se declaram contra a descriminalização do aborto representam 52% dos 513 que comporão a Câmara e 64,4% dos 414 que responderam ao questionário.

Projetos sobre o Aborto

Desde a década de 1990, mais de 50 projetos sobre o tema aborto foram apresentados na Câmara dos Deputados. A maior parte propõe mudanças em artigos do Código Penal, para abrandar ou aumentar penas a médicos e mulheres que praticam o aborto.

Outros projetos propõem a liberação total do aborto, estipulando prazos de até 90 dias de gestação para a prática; outros regulamentam o aborto apenas para casos de fetos sem cérebro ou com má-formação. Alguns dos projetos aguardam apreciação do plenário desde 1991.

Maconha

Os 298 que se declaram contra a descriminalização da maconha representam 58% dos 513 que comporão a Câmara e 71,9% dos 414 que responderam ao questionário.

À pergunta "É a favor da descriminalização do uso da maconha?", 298 disseram "não", 63, "sim", 21, "em termos", e 32 não souberam responder, totalizando 414 dos 513 deputados que farão parte da nova legislatura, que se inicia na terça-feira (1º).

O último projeto sobre a descriminalização do uso da maconha no Brasil foi apresentado na Câmara em dezembro de 2001, pelo ex-deputado Marcos Rolim, do Rio Grande do Sul, na época no PT.

Religião dos deputados

De 414 deputados que responderam a questionário proposto pelo portal, 309 (74,6%) se declararam católicos, e 43, evangélicos. Os parlamentares que se declararam espíritas foram 8. Outros 13 disseram ser cristãos, mas não especificaram se seguem uma religião. Oito disseram não ter religião.

De acordo com o último dado disponível do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Censo de 2000 (os dados de 2010 ainda não foram finalizados), 73,5% dos brasileiros se declaravam católicos, enquanto os evangélicos somavam 15,4% da população.

Temas do levantamento

Os deputados foram questionados sobre a descriminalização do aborto, da maconha, sobre uso de dinheiro público na campanha, jornada de 40 horas semanais, redistribuição dos royalties do pré-sal, liberação de bingos e caça-níqueis, punir pais que batem nos filhos, fim do fator previdenciário, plebiscito sobre a maioridade penal, fim da assinatura básica de telefone, Nova CPMF para financiar a saúde, voto em lista fechada, piso salarial nacional para policiais.


Postado em 31 de janeiro de 2011

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