segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pedofilia leva fieis a retirar nome de batismo na Igreja Católica

Católicos pedem anulação do batismo


Aumentou o número de 'desbatismos' principalmente na Europa

Como a cortina se abriu na Igreja Católica, escancarando muitos casos de líderes envolvidos com pedofilia, já era praticamente certa a evasão dos fieis. Segundo informou a agência internacional de notícias AFP, na Europa aumentaram os pedidos para que seja retirado o nome da lista dos batizados na instituição.

A atitude chamada de “desbatismo” cresce em um percentual elevado todos os anos nas nações européias. Na Bélgica, por exemplo, em 2009 quase três mil pessoas procuraram a paróquia onde os seus pais realizaram o batismo e solicitaram a retirada do nome do livro. Já era 25% superior a 2008. A tendência era que este número aumentasse no ano passado.

Aqui no Brasil, onde muitos casos de pedofilia com bispos e padres vieram à tona, o êxodo na Igreja Católica também é evidente. Não foi divulgada pesquisa informando a quantidade de fieis que deixaram a instituição depois que este problema manchetou jornais, revistas e ocupou grande parte do tempo na TV. Como a tendência na Europa é de esvaziamento das missas e até o “desbatismo”, que muitos nem sabem que existe, o mesmo deverá estar acontecendo em território brasileiro.

Quem pediu para se desligar totalmente da Igreja Católica afirma que assumiu esta postura depois que tomou consciência religiosa. Eles alegam que foram batizados na instituição ainda bebês, quando não domavam os atos. Agora, com o intelecto bem definido, tomaram a atitude que achavam mais conveniente com os princípios e valores que sustentam.

Especialistas avaliam a situação como uma questão filosófica. Comentam que na maioria dos casos a decisão já foi tomada anteriormente e que um motivo seria apenas a ‘gota d’água’. E esse motivo pode ser a pedofilia dos líderes, a negação de alguns bispos ou a postura do papa no uso de contraceptivos.

A Igreja Católica não retira definitivamente o nome do requerente da lista de batismos, mas faz uma anotação no registro com o significado de que o indivíduo está proibido de casar na Igreja ou de receber o funeral católico.

Apesar de perder muitos seguidores, o comando católico acredita que grande parte dos fieis mantém a fé, apesar de reconhecer as falhas da instituição. Na Bélgica, por exemplo, recente pesquisa afirma que somente 8% dos belgas confiam na Igreja Católica, bem inferior aos 28% de 2009.


Postado em 24 de janeiro de 2011

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