segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Brasil reconhece o Estado palestino com fronteiras anteriores a 1967

Lula e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, em foto de arquivo



Israel se diz "desapontado" com apoio brasileiro

O governo de Israel manifestou "seu pesar e desapontamento" com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manifestar apoio brasileiro a um Estado palestino com fronteiras anteriores a 1967. O apoio foi reafirmado em carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em carta a Mahmoud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), anteontem, informou mais cedo nesta sexta o Itamaraty.

O apoio não é uma novidade. O governo brasileiro já declarara apoio à formação de um Estado palestino nos territórios pré-1967 em uma votação da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 1988. Mais recentemente, em fevereiro de 2006, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu em comunicado que Israel se retirasse dos territórios ocupados.

Em teoria, a afirmação corresponde à posição tradicional do Itamaraty, segundo a qual Israel tem o direito à segurança e à existência "dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas", expressão que equivale às fronteiras existentes antes de 1967. Paralelamente, a diplomacia brasileira também reconhece o direito palestino de exercer sua soberania sobre Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Israel rejeita

Em comunicado, o governo israelense alegou que "o reconhecimento do Estado palestino constitui uma violação do acordo interino assinado entre Israel e a ANP em 1995, o qual determinou que o status da Cisjordânia e da faixa de Gaza será discutido e solucionado por meio de negociações".

Israel afirma ainda que o apoio brasileiro contradiz também o "Mapa do Caminho", que foi adotado pelo Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, ONU, Rússia, e União Europeia). "Tal documento estabeleceu que o Estado palestino poderá surgir somente por meio de um processo de negociação entre Israel e os palestinos, e não como um ato unilateral". "Toda tentativa de contornar este processo e decidir antecipada e unilateralmente os temas importantes que estão sob controvérsia apenas causará danos à confiança dos lados e em seu comprometimento no processo de negociação de paz", finaliza o comunicado israelense.


Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 06 de dezembro de 2010

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