quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Uma visita marcante e transformadora




Escritor Héctor Támez


BRASIL (*) - Entre os dias 14 e 25 de janeiro, Héctor Taméz e Nelly Taméz visitaram mais uma vez o Brasil. Talvez essa tenha sido a última viagem ao nosso país que esse casal de cerca de 70 anos de idade fez. Desde o início da década de 80, ambos tem se engajado na causa dos cristãos perseguidos e, para nosso privilégio, Héctor já esteve por aqui mais 30 vezes, totalizando mais de 300 pregações em diversas igrejas de diferentes Estados brasileiros.

Nessa oportunidade, Héctor teve como principal evento o culto de posse do pr. Carlos Alfredo, mas não podíamos deixar de aproveitar sua estada entre nós e engajar mais cristãos na causa de nossos irmãos. Assim, ele falou em outras cinco igrejas e abençoou a vida de muitos irmãos. As histórias e testemunhos contados por ele impactaram grandemente as igrejas visitadas e a Igreja perseguida ganhou muitos novos parceiros de oração e apoio.

Talvez um dos relatos mais memoráveis seja o que é reproduzido a seguir:

“No começo do meu ministério fui dar um treinamento para cristãos que sofriam perseguição na Nicarágua. O país estava em guerra e fui parar no meio do conflito. Quando me deparei literalmente entre o exército e os guerrilheiros pensei que fosse morrer. Corri para minha pequena cabana e me escondi debaixo da cama.

Assim que os barulhos das bombas e metralhadoras cessaram, saí para ver o que estava acontecendo. O cheiro dos mortos e a cena de destruição nunca mais saíram da minha mente. Deus em sua misericórdia me salvou, minha cabana era a única que estava intacta. Imediatamente pedi para sair do país e abandonei meus irmãos que receberiam treinamento ainda naquele dia.

Veja bem, eu havia ido lá para abençoar os cristãos perseguidos que viviam aquela situação todos os dias, e, eu, no primeiro momento de aflição, fugi. Quando já estava fora do país, na Costa Rica, caí em si, comecei a chorar e pedi a perdão a Deus. Dali em diante, eu aprendi que precisava viver o que pregava. Somente assim poderia brilhar para Cristo. Eu voltei para Nicarágua e trabalhei lado-a-lado com meus irmãos ali durante noves anos. Deus não precisa de homens corajosos, mas de homens dispostos.”


* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.


Fonte:www.portasabertas.org.br
Postado em 28 janeiro de 2010

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