Terremoto no Haiti
O forte terremoto que atingiu o Haiti - e, principalmente, a capital Porto Príncipe - ontem (12) pode ter deixado milhares de mortos, disse o presidente do país, Rene Préval, em entrevista ao jornal Miami Herald, a primeira desde a tragédia. O premiê Jean-Max Bellerive, afirmou à TV americana CNN acreditar que os mortos "estejam além dos 100 mil". Entre as vítimas há 12 brasileiros - 11 militares e a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
Na entrevista, o presidente Préval afirmou que, após o terremoto, o cenário é "inimaginável". "O Parlamento desabou. O escritório de finanças desabou. Escolas desabaram. Hospitais desabaram", afirmou o presidente. Préval afirmou ter passado por diversas comunidades, todas atingidas. "Há muitas escolas com muita gente dentro." Há pessoas presas também dentro do Parlamento, entre elas o presidente do Senado haitiano, Kely Bastien. "Todos os hospitais estão cheios de gente", afirmou.
O tremor afetou a estrutura de telecomunicações no país, e as informações sobre vítimas e danos ainda são desencontradas. O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas naquele país. "O Exército brasileiro, consternado e imbuído do mais alto sentimento de solidariedade, está empenhado em prestar todo apoio necessário às famílias dos militares vitimados pela tragédia", informou o general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe da Comunicação Social do Exércio, por meio de comunicado.
O subchefe de Comunicação Social do Exército, coronel Eduardo Cypriano, afirmou que só haverá divulgação sobre mortes depois que os corpos forem identificados e que as famílias forem avisadas. "É provavel que tenhamos mais mortos", admitiu Cypriano.
Neiva acrescentou que ainda não é possível "precisar" quando os corpos chegarão do Brasil. Atualmente, há 1.266 militares brasileiros no país, segundo o ministério da Defesa. O comandante do Exércio, Enzo Martins Peri, está se deslocando nesta quarta-feira para o Haiti, informou a Comunicação Social.
Danos
O Exército informou ainda que o terremoto causou "sérios danos estruturais" à cidade de Porto Príncipe, capital do país, e em algumas bases do contingente brasileiro. "Foram comprometidos sistemas de telefonia fixa e de celular, o que vem dificultando o repasse das informações", acrescentou o general Carlos Alberto Neiva Barcellos.
Segundo ele, os deslocamentos motorizados estão, até o momento, "praticamente inviabilizados" por conta da "grande quantidade de escombros" nas ruas de Porto Príncipe. "Tal fato, aliado à escuridão, à falta de energia elétrica e iluminação pública tem prejudicado de sobremaneira os levantamentos mais pormenorizados, bem como a avaliação da real extensão dos danos", informou o Exército.
População
O Exército divulgou ainda que a população do país tem se deslocado "em massa" em direção à base do Comando do Batalhão Brasileiro (Brabatt), menos atingida pelos abalos, em busca de socorro e de auxílio no resgate dos feridos. "Desde o início dos abalos sísmicos, o Brabatt, usando todos meios disponíveis, está empenhado em atender as vítimas da tragédia", acrescentou o general Neiva Barcellos.
Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em de 14 janeiro de 2010
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