sábado, 18 de julho de 2015

De onde vem o jihadismo moderno

 
 O país se tornou o berço do jihadismo e envia militantes para darem continuidade a algumas guerras


 Bósnia-Herzegovina
A Bósnia-Herzegovina tem proporcionalmente mais lutadores na Síria e no Iraque do que na maioria dos outros países europeus (são mais de 300 militantes). Esse fato levou a BBC a perguntar se a Bósnia é o berço do jihadismo moderno. Em 1992, formou-se um "batalhão mujahideen (combatentes islâmicos)", composto principalmente por voluntários muçulmanos estrangeiros para lutarem ao lado dos bósnios. A criação do batalhão foi um marco na região.

 Hoje, a dinâmica da jihad se reverteu no país – são os bósnios que estão viajando para as terras árabes, para combater ao lado de grupos como o autodenominado Estado Islâmico. "A Bósnia deu ao movimento jihadista moderno a narrativa de que há uma guerra entre o ocidente e o islã. É o berço", diz Aimen Dean, um membro fundador da Al-Qaeda que mudou de lado em 1998 e tornou-se espião para os serviços de inteligência britânicos.

 A palavra "jihad" é amplamente utilizada, em árabe, a palavra significa "esforço" ou "luta". No islã, pode significar a luta interna de um indivíduo contra instintos básicos, o esforço para construir uma boa sociedade muçulmana ou uma guerra pela fé contra os infiéis. Uma investigação da BBC descobriu que mais de cinco mil pessoas em todo o mundo morreram no mês de novembro de 2014 como resultado da violência causada pela Al-Qaeda, suas ramificações e grupos que compartilham da mesma ideologia, comumente chamada de "jihadismo".

 Dennis, analista de perseguição da Portas Abertas, observa: "O cenário de haver guerra entre o ocidente e o islã é certamente importante no jihadismo moderno. Esse objetivo foi central para o fundador da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, que se concentrou em alvos ocidentais. Olhando para organizações jihadistas como o Estado Islâmico, Boko Haram e Al-Shabaab, esta situação ainda está presente, mas o foco é principalmente na expansão islâmica e limpeza étnica em suas respectivas regiões”. Para o analista, depois de remover com êxito pessoas "indesejáveis" de seus territórios, os jihadistas, avançam para planejar o crescimento do grupo.



Fonte:http://www.portasabertas.org.br

Postado em 18 de julho de 2015

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