terça-feira, 28 de junho de 2011

Os extremos de um pastor (ideal)

Thiago É membro da AD no Benedito Bentes 1 e jornalista do portal AD Alagoas e do Ojornalweb


Recebi de um amigo no início desta semana um texto adaptado cujo título é “Pastor Ideal” e me inspirei a escrever algumas linhas aqui para repercutir com você. Com uma linguagem simples, faz-se uma comparação das características extremas do ‘anjo da Igreja’. E o autor, que não sei quem é, chega à conclusão de que não existe o pastor perfeito, ideal.

O texto começa assim: “Se o pastor é jovem, é porque lhe falta experiência; se já possui cabelos grisalhos, é considerado velho”. Como frisei, a comparação é com os extremos, com os antônimos.

Se isto realmente for verdade, analisando esta frase especificamente esbarro na seguinte questão: Se o pastor jovem é inexperiente e o de cabelos brancos é velho, o melhor pastor estaria entre os 30 e 40 anos. Certo? Talvez não. Os apontadores de defeitos poderiam até chamar estes dirigentes de frios e ainda ousariam um respaldo bíblico tendo em vista que o meio-termo é citado pelo profeta menor Habacuque, no texto: “aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica” (3.2).

Um ponto polêmico citado no texto é o seguinte: “Se faz mudanças na igreja, não passa de um mandão, autoritário e inovador; se pelo contrário, omite-se, é chamado de negligente”. Coloco agora a pergunta com base nesta afirmação do autor. E quando o pastor não muda de congregação? Há reclamações nas três situações. A satisfação plena não existe para nenhum ser humano.

O texto fala também nos artifícios utilizados pelos pastores nas pregações. Alguns costumam ilustrar as histórias o que acaba deixando alguns insatisfeitos. “É um mero contador de estórias” (preste atenção no ‘estórias’, viu), diz o autor. Mas se o dirigente não usa suas mensagens e, às vezes, utiliza símbolos para facilitar o entendimento, é classificado de pastor com mensagens cansativas.

Eu ainda estico mais este aspecto. Os pastores ‘avivalistas’ nem sempre agradam a maioria, embora os assembleianos optem por pregações mais agitadas. Há quem somente preste a atenção nas mensagens mais comedidas, retraídas com características de um estudo bíblico. É questão de gosto, apenas.

E segue o texto: “Se condena os erros, os vícios e o modernismo, é chamado de radical, antigão; se permite algumas coisas é liberal demais”. O sapato apertou agora. Agora me coloco no lugar de um dirigente. Respaldado na Palavra de Deus e nas doutrinas da igreja, o líder é obrigado a instruir o povo quanto aos usos e costumes. Entretanto, fechar demais, reprime e abrir é o mesmo que avacalhar. E agora, o que fazer, então? Conversei dia desses com um integrante da Mesa Diretora da Convenção Estadual que foi bem claro: “Thiago, a Bíblia respalda o pastor em tudo. Ele deve seguir a Palavra. Custe o que custar”.

Tinham até outros pontos que poderia tratar com você aqui no Blog, mas vou acionar o freio. Pastor ideal não vai existir. Nisto eu concordo com o autor do texto. Vai ser difícil para o dirigente lidar com um grupo heterogêneo, mas o grande aliado dele e da Igreja é o Espírito Santo. Será por meio dele que o consenso prevalecerá e a obra não cairá no ostracismo.



Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em
28 de junho de 2011

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