quinta-feira, 15 de julho de 2010

Assembleiana, candidata Marina diz ser vítima de preconceito


"Sinto um certo estranhamento das pessoas", disse, referindo-se à disputa eleitoral

Única evangélica na corrida presidencial, a candidata Marina Silva (PV) disse hoje se sentir vítima de preconceito na campanha. Em tom de desabafo, ela afirmou ser alvo de "estranhamento" por suas convicções religiosas e relatou um sentimento de "dor e tristeza" por ser vista por alguns como fundamentalista. "Sinto um certo estranhamento das pessoas. Seria hipócrita se dissesse que não estou sentindo isso neste processo", disse, referindo-se à disputa eleitoral.

Para a senadora, o fato de ser missionária da Assembleia de Deus desde 1997 estaria sendo usado para tachá-la de reacionária: "Fico triste quando vejo as pessoas acharem que, pelo simples fato de professar a fé cristã evangélica, eu já seria a priori, de forma preconceituosa, uma pessoa limitada, reacionária e conservadora".

Marina foi bombardeada por perguntas de fundo religioso em sabatina da Record News e do portal R7, que pertencem à Igreja Universal. Uma jornalista chegou a questionar se ela orientava as filhas, de 18 e 20 anos, a usar camisinha. "Não gostaria de expor minha família, mas meus filhos são muito conscientes. São pessoas que têm autonomia em relação ao seu destino, ao seu futuro", respondeu ela.

A candidata voltou a defender a realização de plebiscitos para polêmicas como a liberação do aborto e do uso de drogas. Ela voltou a dizer que "ainda não formou opinião" sobre a adoção de crianças por casais homossexuais, o que tem repetido desde o início da campanha.

Num momento de descontração, Marina brincou ao responder sobre o uso de drogas, álcool e ayahuasca -o chá do santo Daime, muito difundido na Amazônia:

"Nunca fumei maconha e nunca bebi bebida alcoólica, só Biotônico Fontoura. E nunca tomei o Daime".

A candidata justificou o fato de ter declarado patrimônio de apenas R$ 149 mil ao registrar a candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Pelas contas dos entrevistadores, ela receberia cerca de R$ 300 mil por ano como senadora, cargo que ocupa há 16 anos.

"Não sou uma pessoa que gasta mal. Quem já passou fome valoriza cada centavo", disse ela: "Não juntei patrimônio porque ajudo minha família e invisto na educação de meus filhos e sobrinhos".


Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 15 de julho de 2010

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