quinta-feira, 1 de março de 2012

Teerã diz que pastor Youssef Nadarkhani não será condenado à morte

Pastor Yousef Nadarkhani

Pressionado pela bancada evangélica, Brasil trata o tema com as autoridades iranianas

Envolvido em gestões em favor de um iraniano convertido ao cristianismo ameaçado de execução, o Brasil ouviu de Teerã que o acusado não será condenado à morte. A Folha de S.Paulo informou anteontem que o governo Dilma Rousseff está sendo pressionado pela bancada evangélica no Congresso para interferir pela libertação do pastor Youssef Nadarkhani, preso desde 2009.

O caso de Nadarkhani, 33, que nasceu numa família muçulmana e se converteu ao cristianismo aos 19 anos, causou comoção internacional e, dias atrás, levou os EUA a exigirem sua libertação. A reportagem apurou que o Itamaraty começou a tratar o tema com as autoridades iranianas em novembro. Desde então, houve vários contatos com representantes das áreas de Direitos Humanos e América Latina do governo. Diplomatas brasileiros ouviram de colegas iranianos que é incorreta a versão amplamente divulgada pela mídia ocidental sobre o caso.

Teerã afirma que o pastor não é acusado de apostasia - o abandono da fé -, atitude considerada crime no Irã e passível de punição com a pena de morte. Diplomatas iranianos disseram que ele foi inicialmente condenado à morte por uma série de crimes, entre os quais estupro, ameaça à segurança nacional, extorsão e corrupção.

Segundo autoridades do Irã, a pena foi revogada pela Suprema Corte em 2011. Iranianos também disseram aos brasileiros que a Justiça nunca aplicou a sentença capital por apostasia. Apesar de Teerã insistir em que Nadarkhani não será executado, não está claro qual sua atual situação perante a Justiça. Os advogados do pastor afirmam que ele continua ameaçado de execução.

Caso Sakineh

A posição crítica do governo Dilma sobre a condenação à morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani levou ao esfriamento das relações entre os dois países. Teerã revogou, em 2011, a sentença contra Sakineh e anunciou que a prática de execução por apedrejamento, raras vezes aplicada, está sendo banida. Parlamentares querem agora que o Itamaraty também atue em favor do pastor Youssef Nadarkhani.


Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em
29 de fevereiro de 2012

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