quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

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A Miséria e o Terremoto no Haiti


Haiti, a nação mais pobre das Américas. Um povo marcado pela miséria e pelos imensos problemas sociais que enfrenta. Um país desgastado pela intensa exploração colonialista e imperialista que sofreu. Um local abandonado, esquecido pelo mundo. Pode parecer drástico, mas estas palavras são insuficientes para definir na íntegra a precária situação do Haiti e de seus habitantes.

Recentemente, no dia 12 de janeiro do presente ano, presenciamos mais um capítulo da velha e trágica história deste povo. Um grande terremoto de 7 graus na escala Richter abalou os já fracos alicerces do país, deixando um rastro de mais de 200 mil mortos e inúmeros imóveis destruídos.

Cientistas afirmam a causa mais provável para o terremoto é o fato de o país se encontrar entre duas placas tectônicas, a norte-americana e a do caribe, que estão em constante movimento exercendo pressão uma na outra, o terremoto é o reflexo da energia liberada durante os choques entre ambas as placas. “Mas embora as causas da tragédia sejam naturais, nem todos os efeitos o são” a fraca estrutura e a desorganização das fundações apenas contribuíram para a intensificação da tragédia.

Depois do desastre, todo o mundo se mobilizou em favor do país em crise, inclusive inúmeras organizações cristãs internacionais, mas embora havendo este apoio, a situação ainda é muito difícil, pois os alimentos são insuficientes, a água potável é escassa, os locais são de difícil acesso, a população está desesperada e se amontoa em torno de toda ajuda que chega e o país ainda enfrentará muitos problemas para conseguir se restabelecer tanto economicamente quanto politicamente e socialmente.

Para os especialistas da área da saúde, o prognóstico para o país não é nada bom. A nação que já sofria com a falta de saneamento básico, com a má alimentação, com a ausência da coleta de lixo e com a escassez de hospitais e especialistas, agora luta contra a intensificação destes e outros problemas. Doenças graves como pneumonia, tuberculose, sarampo, malária, AIDS e até outras mais simples como a diarréia podem causar inúmeras mortes e uma situação de pandemia no país.

Muito além dos danos físicos e materiais, estão os emocionais e psicológicos. O povo haitiano continua sofrendo pela perda do ente querido, as feridas na alma parecem doer mais do que qualquer outra no corpo. A tragédia deixou inúmeras sequelas, mas temos a certeza de que se orarmos, Deus as curará completamente.


João Kaycke


Postado em 17 de fevereiro de 2010



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