quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pesquisa inglesa com a Geração Y:

Jovens ingleses não são hostis à religião como a geração de seus pais

Pesquisa realizada por igreja da Inglaterra constata que a maioria dos jovens considera o cristianismo irrelevante para suas vidas, mas eles não são tão hostis à religião como a geração de seus pais.

Os pesquisadores entrevistaram 300 jovens da Geração Y - os nascidos depois de 1982 - que tinham participado de uma juventude cristã ou projeto comunitário. O estudo de cinco anos focou “a fé no Cristianismo e o impacto da juventude cristã em trabalhos comunitários como desenvolvimento de sua fé”.

Constatou-se que os jovens eram mais propensos a colocar a sua fé nos amigos, na sua família ou em si mesmos do que em Deus.

Sylvia Collins-Mayo, socióloga da religião e uma das pesquisadoras por trás do estudo, disse: "Para a maioria dos jovens, religião e espiritualidade é irrelevante para a vida do dia-a-dia. Estes jovens não foram à procura de respostas a perguntas fundamentais sobre a criação e sentido da vida. Portanto, mostraram poucos sinais de escolher incluir "espiritualidade" em suas vidas.

A socióloga disse também que os jovens só procuraram uma perspectiva religiosa em "raras ocasiões" e que, quando o faziam, muitas vezes era com um "Cristianismo muito desbotado, herdado da memória cultural de que só deve ser seguido quando se está sofrendo com a necessidade de alguma coisa". Este grupo tende a buscar a Deus somente nos momentos de dificuldade, depois de sofrer um luto ou no caso de doença na família, por exemplo. "Para essas situações, eles, às vezes, oram em seus quartos", disse ela. "O que é salutar para a Igreja é que as pessoas, principalmente os jovens, parecem bastante satisfeitas com esta situação - o prazer de conviver com o pouco que sabem sobre a fé cristã."

Os resultados sugerem que, enquanto projetos de jovens cristãos eram importantes fontes de apoio para o seu meio, tinham pouco impacto sobre a fé dos que apenas freqüentavam as igrejas e tomaram parte nos mesmos.

Entre os freqüentadores, 28% disseram que pertencer a um grupo de jovens cristãos tinha lhes feito pensar mais sobre o propósito da vida. Trinta por cento disseram que tinham feito pensar mais em Deus, 26% sobre Jesus, e 54% sobre o que era certo e errado.

Estes freqüentadores também tendiam a ter dúvidas sobre a natureza de Deus, com 23% dizendo que acreditam que Deus era alguém com quem poderiam se relacionar pessoalmente, 22% que acreditavam em algum tipo de poder superior ou força da vida, mas não em um Deus pessoal, e 12% disseram que não achavam que houvesse qualquer tipo de Deus, mas poder ou força de vida. Quarenta e três por cento disseram que não sabiam o que pensar sobre Deus.

Os pesquisadores dizem que a suposição comum de que os adolescentes estão alienados de seus pais e hostis à religião é um conceito que vem desde os anos sessenta e setenta, e não é mais aplicável para os jovens de hoje. Collins-Mayo disse que, embora a Geração Y seja amplamente familiarizada com a religião formal, ela ainda tem um grande interesse em questões éticas.

Os demais resultados do estudo foram publicados em um novo livro, A Fé da Geração Y, obra da socióloga Sylvia Collins-Mayo.


Fonte:http://www.cpadnews.com.br/
Postado em 07 de outubro de 2010

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