sábado, 22 de setembro de 2012

MAS QUE IMPORTA? CONTANTO QUE CRISTO SEJA ANUNCIADO...


E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho. De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares; e muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho; mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda. (Fp 1.12-18) 

Sempre que discuto a questão que envolve as motivações para a pregação do evangelho na atualidade, que além de inveja e porfia inclui o interesse financeiro-mercadológico, e outros mais, escuto pessoas citarem Paulo: “Contanto que Cristo se anunciado...”. Fazendo uma breve análise sobre a questão, fica claro que Paulo entendia que a pregação do evangelho, que em si mesmo é poderoso (Rm 1.16), resultaria na salvação de vidas. Dessa maneira, é preciso separar os resultados da pregação, da prestação de contas que o pregador fará a Deus. Com certeza, ao longo dos séculos, independentemente de quem o pregue e de suas reais motivações, o evangelho tem transformado e libertado vidas. Tal fato, é bom deixar claro, não justifica as reprováveis intenções dos seus mensageiros. Aqueles que nos dias de hoje estão buscando “lucrar” com a pregação do evangelho, e com isso fazendo crescer os seus impérios pessoais (ou institucionais), no devido tempo serão tratados e cobrados por Deus. Ninguém se engane, pois os resultados em números de conversões em nada diminui a responsabilidade pessoal de quem lida com o Reino de Deus, como se esse fosse negócio, comércio e campo de batalhas pessoais ou ministeriais. Nesse sentido, as disputas fugiram do campo pessoal para o institucional, onde vários templos são construídos por causa de pirraças, birras, intrigas e competições entre ministérios locais, convenções estaduais e nacionais. Cada um que queira demonstrar sua forçar pessoal, ministerial ou financeira, ou que queira defender o seu “pedaço de terra”, sua “capitania hereditária”, seu “feudo” ou “campo”. Nesse contexto, muitas justificativas são dadas por quem “invade” e por quem “se defende do invasor”. No final de tudo, tenho a certeza de que o Justo Juiz saberá tratar de cada questão. O princípio da advertência quanto aos falsos profetas cabe aqui também, pois os mesmos serão julgados por suas intenções ou disposição interior (Mt 7.15), pelo que se passa em seus pensamentos e motivações. Não é a simples aparência do fruto (obra, realização), embora isso, dependendo do contexto tenha a sua devida importância, mas é a sua essência que prova se de fato possui boa qualidade (Mt 7.16-20):

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (Mt 7.21-23) 

Uma prática iníqua é resultado de uma intenção ou motivação iníqua.

No momento, diante da pluralidade de interesses que norteiam a pregação do evangelho, associada a nossa incapacidade de conhecer plenamente as intenções e motivações dos pregadores e dos construtores de templos, fico com o que Paulo escreveu: “Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda.” Não esqueço, contudo, de continuar orando por todos.

 Fonte:www.altairgermano.net
Postado em 22 de setembro de 2012

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