sexta-feira, 22 de maio de 2009

Premiê israelense diz que Jerusalém "sempre foi e será" de Israel


Mensagem teria sido transmitida aos Estados Unidos


"Jerusalém sempre foi e será dos judeus, motivo pelo qual nunca será partida ou dividida de novo. Só com uma Jerusalém unida será possível manter a liberdade de culto para as três [grandes] religiões" monoteístas - o judaísmo, o islamismo e o cristianismo -, disse o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu.

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que "Jerusalém sempre foi e será" dos judeus, motivo pelo qual "nunca será partida ou dividida de novo". A cidade, que tem grande valor para palestinos e israelenses, é um dos principais impasses nas negociações por um acordo de paz.

"Jerusalém unida é a capital de Israel", disse o premiê, ao discursar num ato em comemoração à "reunificação" da cidade após a tomada da parte oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

No início de seu discurso, Netanyahu, líder do partido Likud (direita), disse que transmitiu essa mensagem aos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente Barack Obama e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

A reunião nos EUA acabou sem grandes acordos, já que Netanyahu rejeita os avanços propostos por Obama nas conversas de paz com os palestinos e quer uma postura mais rígida dos EUA em relação ao Irã.

"Só com uma Jerusalém unida será possível manter a liberdade de culto para as três [grandes] religiões" monoteístas --o judaísmo, o islamismo e o cristianismo--, disse o premiê na Colina da Munição, um dos lugares mais simbólicos da disputa travada há 42 anos.

O chefe de governo israelense afirmou ainda que "nunca houve tanta liberdade de culto em Jerusalém como agora".

Segundo Netanyahu, em 1967, "um sonho de longa data" foi realizado com a vitória das tropas israelenses sobre a Jordânia no lado oriental de Jerusalém, onde os palestinos querem estabelecer a capital de seu futuro Estado.

Mais tarde, em 1981, Israel anexou para si a parte leste da cidade, por meio de uma lei parlamentar que declarou toda Jerusalém "capital eterna e indivisível do povo e do Estado judaico" --o que foi rejeitado pela comunidade internacional.

O ato, do qual participaram os principais líderes políticos e militares de Israel, deu início às comemorações do Dia de Jerusalém.

De manhã, sob o lema "Acordem da fantasia: Jerusalém está unificada?", centenas de ativistas israelenses e palestinos se reuniram em frente ao histórico Portão de Damasco da Cidade Antiga de Jerusalém em protesto contra as comemorações dos judeus.



Acesso em 22 de maio de 2009.

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