quinta-feira, 10 de março de 2016

Líderes cristãos são discriminados pelo governo turco

 
 Líderes cristãos questionam o salário que o governo turco paga aos líderes muçulmanos

 Turquia
No dia 20 de janeiro, o veículo de comunicação Al-Monitor publicou um artigo sobre a organização do governo turco e como eles protegem os muçulmanos em relação aos outros líderes religiosos. O Diyanet, que é o Departamento de Assuntos Religiosos do país, emprega 100 mil funcionários religiosos muçulmanos sunitas, com seus salários pagos pelo Estado.

 Já os não-muçulmanos, incluindo os não-sunitas, não são remunerados pelo governo e esta política tem sido oficial desde 2010. Ocupando a 45ª colocação na Classificação da Perseguição Religiosa deste ano, a Turquia tem a forte presença do islã radical, além de conflitos étnicos e recentes mudanças políticas que afetam o cristianismo.

 O Al-Monitor ainda afirmou em sua reportagem que a fundação cristã Boyacikoy Yerits Mangonts Church, recentemente levou a questão para o Diyanet e pediu o pagamento de seus membros também, mas o Departamento recusou. Os cristãos decidiram levar a questão ao Provedor de Justiça Nacional alegando que não há nenhuma cláusula da Constituição que oficializa o islamismo como religião estatal e muito menos que apenas os muçulmanos recebam salários e benefícios do governo. Em outras palavras, a alegação afirmou que o Diyanet está violando os princípios constitucionais da igualdade entre os cidadãos. Eles não tiveram apoio do Ministério de Finanças que também se negou a remunerar líderes religiosos não muçulmanos. Um dos analistas de perseguição da Portas Abertas enxerga a situação como uma das últimas "convulsões" do secularismo turco tradicional. "A laicidade não é mais respeitada pelo governo de Ancara, a capital da Turquia. O objetivo dos líderes políticos é a islamização, então, é muito provável que o primeiro-ministro não concorde em pagar salários para os líderes religiosos não muçulmanos.

 Os cristãos turcos não estão realmente interessados no salário que o governo oferece, já que a remuneração com certeza vai acarretar na interferência permanente do Estado em relação aos projetos religiosos. A alegação dos líderes é somente para alertar sobre a discriminação e tentar fortalecer a laicidade do país, o que não é uma tarefa fácil, já que os planos parecem ter sido traçados pelos muçulmanos há vários anos. Ore por essa nação.

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Postado 10 de março de 2016

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