quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Situação de cristãos na planície de Nínive é delicada

 
 Com ameaças veladas, riscos de conflitos e ataques, cristãos ainda se sentem fragilizados ao retornar à sua terra natal

 Iraque
No dia de Natal, publicamos sobre a alegria de muitas famílias de refugiados iraquianos que, pela primeira vez, desde a invasão do Estado Islâmico, podiam comemorar o Natal em casa. No entanto, a situação no Iraque ainda requer atenção e oração. O governo de Bagdá anunciou oficialmente a libertação do autoproclamado Estado Islâmico (EI) e declarou o dia 10 de dezembro como feriado nacional para celebrar a vitória. Apesar disso, os cristãos ainda enfrentam muitos incidentes e problemas devido à ocupação e à mentalidade que o EI implantou.

 Em novembro, por exemplo, cristãos que voltaram para seus vilarejos encontraram minas escondidas em seus campos e casas. Outros foram violentados ou atacados de outras formas. A região da planície de Nínive requer especial atenção. Como a cidade de Quircuque, por exemplo, que é rica em petróleo. Isso gera conflitos entre os governos curdo e iraquiano para ganhar o domínio da cidade. Como resultado, os cidadãos enfrentam as consequências das disputas políticas, que afetam ainda mais os cristãos; por serem a minoria, eles se sentem como o primeiro alvo dos ataques.

 Além disso, os cristãos que retornaram percebem que os muçulmanos estão fazendo todo o possível para ganhar mais poder na região. Em Qaraqosh, por exemplo, que é a maior cidade cristã do país, eles querem dormitórios para estudantes muçulmanos, e também tentam administrar órgãos públicos. As chamadas “unidades de proteção” estão presentes na planície de Nínive, como as Alhashid Alshaabi, que são forças muçulmanas xiitas para proteger a área. No entanto, há relatos de cristãos sendo ofendidos por eles, inclusive mulheres. Algumas vezes eles até mesmo disseram que por terem participado do processo de libertação, deveriam possuir terrenos na região.

Pedidos de oração
  • Pelas famílias que estão retornando às suas aldeias, que ainda estão em processo de reconstrução. Ore por força, coragem e esperança de que podem ter um futuro melhor.
  • Ore pelas crianças e jovens, para que tenham uma vida normal, com escolas e universidades onde possam estudar.
  • Interceda pelas pessoas que ainda estão desaparecidas desde a invasão do EI em 2014.
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Postado: 03 de janeiro de 2018

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