Imagem aérea mostra os estragos provocados por tsunamis na cidade costeira chilena de Dichato
Abalos ocorrem seis dias depois que um forte tremor devastou regiões do centro-sul, matando 802 pessoas
Dois fortes terremotos de magnitude 6 e 6,6 atingiram na manhã de hoje a costa do Chile, segundo o Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA. Os abalos assustaram a população nas ruas da cidade de Concepción. Os abalos ocorrem seis dias depois que um forte tremor de magnitude 8,8 devastou regiões do centro-sul do país, matando pelo menos 802 pessoas.
Não houve alerta imediato de ondas gigantes em nenhum dos dois tremores, segundo o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, também norte-americano. Inicialmente, os tremores haviam sido calculados com magnitude 6,3 e 6,8, mas os dados foram posteriormente revisados.
O segundo terremoto ocorreu às 8h47 locais, mesmo horário de Brasília. O epicentro localizou-se na costa da região de Bio-Bio, a 33km de profundidade, a 30km da cidade de Concepción e a 420km da capital, Santiago.
Mais cedo, às 6h19, a mesma região havia sido abalada por um outro tremor de magnitude 6, a uma profundidade de 35km e a 40km de Concepción. A energia elétrica chegou a ser cortada por alguns minutos depois do primeiro tremor, e várias pessoas foram às ruas de Concepción. O abalo teve cerca de um minuto de duração, segundo testemunhas. Mais cedo ainda, às 6h08, houve outro abalo, de magnitude 4,7 graus e com epicentro em terra firme perto de San Rosendo, cerca de 570 quilômetros ao sul de Santiago. Durante a madrugada houve outros terremotos, o primeiro à 0h34 e de 5,7 graus. Mais tarde, às 7h31, a costa teve outro tremor de magnitude 5,1.
O Chile e sua região costeira têm sido alvo de vários tremores secundários depois do violento abalo de magnitude 8,8, ocorrido na madrugada de sábado; Apesar de esperados, os tremores secundários têm assustado as populações na região da cidade de Concepción e também na capital, Santiago.
Luto
O país decretou três dias de luto nacional a partir do próximo domingo pelas vítimas do terremoto, ao mesmo tempo que prosseguem as operações de resgate e ajuda. Hoje, o Chile recebe o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que no sábado visitará a região do desastre.
Bachelet verificou ontem a distribuição da ajuda em Concepción e Talca, as capitais das regiões mais afetadas. A presidente citou pela primeira vez a reconstrução do país, que segundo ela vai levar pelo menos três anos, o que significa quase todo o mandato do presidente eleito Sebastián Piñera, que assume o poder no dia 11 de março. Além disso, afirmou que, apesar do Chile dispor de recursos para um certo número de ações, o país terá que recorrer a créditos do Banco Mundial e de outras instituições.
Em Concepción (500km ao sul de Santiago), que ainda está sob toque de recolher em consequência dos saques e vandalismo após o terremoto e o tsunami, as pessoas ainda protegem as casas por conta própria, apesar da presença de 14 mil soldados nas áreas de desastre.
Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 05 de março de 2010
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