Garissa é novamente alvo de ataques do Al- Shabaab. Em 2015, o grupo fez 148 vítimas na Universidade de Garissa
Apesar de ainda não ter assumido a responsabilidade pelo ataque, Al-Shabaab é o maior suspeito
Na madrugada do dia 13 de janeiro, entre 1h e 2h da manhã, suspeitos membros do Al-Shabaab realizaram um ataque violento no condado de Garissa, no nordeste do Quênia. Os militantes islâmicos invadiram a escola de Kamuthe, às margens do rio Tana, mataram a tiros três professores cristãos da escola e balearam outro. Os professores mortos são Caleb Mutangia Mutua, 28 anos, Titus Sasieka Mushindi luhya e Samwel Mutua Kamba, ambos de 29 anos. Joshua Mutua Kamba, 30, levou dois tiros nas pernas.A milícia também atacou uma base de patrulha policial, ateando fogo ao local. Além disso, os militantes danificaram uma torre de sinal de telefonia celular localizada na feira de Kamuthe. Embora o Al-Shabaab ainda não tenha assumido a responsabilidade pelo ataque, o grupo é suspeito de estar por trás dos atentados.
Fontes locais informaram à Portas Abertas que o provável motivo é a continuação dos esforços de retirar a presença cristã da área de domínio muçulmano na fronteira com a Somália. O secretário regional de Educação do condado de Garissa, Yusuf Karayu, disse que a escola foi fechada e que todos os professores que atuam na fronteira serão transferidos imediatamente.
Desde dezembro, o Al-Shabaab tem realizado vários ataques violentos no Quênia. Em 5 de janeiro, eles atacaram uma base militar americana na região costeira de Lamu, destruindo várias aeronaves e matando três americanos. Dois dias depois, mataram quatro civis, inclusive uma criança, durante um ataque a uma torre de telecomunicações perto de Garissa.
O grupo extremista islâmico publicou uma declaração na última quarta-feira, 8 de janeiro, alertando que o Quênia “nunca será seguro”, o que é uma ameaça para turistas e para os interesses dos Estados Unidos no país. O grupo disse que o Quênia deveria retirar suas forças da Somália enquanto ainda “tinha chance”. O Quênia enviou tropas para a Somália em 2011, como parte da missão de pacificação da União Africana no combate ao Al-Shabaab e tem enfrentando várias retaliações tanto às tropas na Somália quanto a civis no Quênia.
Amanhã faz um ano do cerco ao sofisticado complexo hoteleiro Dusit, na capital Nairóbi, em 15 de janeiro de 2019, que fez 21 mortos. Em ataques anteriores, o grupo matou 67 pessoas no shopping center de Westgate em 2013, e 148 estudantes na Universidade de Garissa, em 2015.
Pedidos de oração
- Ore por nossos irmãos e irmãs da região, que mais uma vez estão em alto alerta. Peça que Deus conforte e dê esperança às famílias enlutadas.
- Clame por sabedoria para o governo, para que tenha condições de garantir a segurança de todos os cidadãos que vivem na região.
- Interceda para que os filhos de Deus encontrem uma forma de compartilhar a esperança que eles têm em Cristo. Ore por provisão, coragem e força nesse momento difícil.
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