quarta-feira, 30 de março de 2011

José Alencar aceitava morrer no tempo e pela vontade de Deus

José Alencar era um exemplo de bom humor


Numa de suas frases, ex-vice-presidente disse que decisão pela vida era tomada por Deus

O ex-vice-presidente da República José Alencar sempre foi bem humorado, apesar de enfrentar a batalha pela vida. A briga contra o câncer não o impedia de manter a auto-estima elevada e a fé revigorada. Lúcido, ele fez alguns comentários ao povo brasileiro e à imprensa para tratar da doença que lutava. Num destes momentos, ele afirmou que aceitava a vontade de Deus se fosse para morrer.

“Não preciso morrer por causa do câncer. Se Deus quer me levar, pode me levar a qualquer hora”, externou Alencar para o prefeito de São Bernardo do Campo, interior de São Paulo, em dezembro do ano passado.

Bem antes, no dia 04 de agosto de 2009, numa entrevista que concedeu com exclusividade ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o então vice-presidente falou que era passivo às decisões de Deus e que não encontrava outra alternativa a não ser se entregar ao Senhor em todos as ocasiões.

“[...] É aquela história: seja feita a vontade de Deus em qualquer circunstância. Em qualquer lugar, em qualquer tempo, seja feita a vontade de Deus. Assim você se entrega às mãos de Deus e ganha coragem. Para enfrentar, isso provavelmente seja a principal razão”, disse Alencar.

Em outro trecho da entrevista, ele continuou o assunto: “Minha vida tem sido útil, e se a minha vida é útil por que eu não devo prezá-la, preservá-la da melhor maneira que puder? E assim vou continuar fazendo, e seja tudo o que Deus quiser, porque é assim mesmo. A vida é assim.”

Nesta mesma época, os médicos praticamente desenganaram o político. Disseram que eram poucas as chances de José Alencar sobreviver diante de um quadro de saúde tão complicado. A família dele foi comunicada do estado e, surpreendentemente, a esposa de Alencar, dona Mariza, soltou o recado: “Mas combinaram com Deus?”. Ela pressentia que aquele não era o momento de o marido partir.

Surpreendentemente depois de várias tentativas de tratamento, os médicos que trataram José Alencar, entre eles Roberto Kalil e Paulo Roth, decidiram fazer uma última experiência: eles reuniram, numa mesa no Hospital Sírio-Libanês, e resolveram fazer um coquetel que combinasse todos os remédios ao mesmo tempo, um tratamento inédito em um paciente na gravidade dele. Deu certo. Por, milagre divino, o câncer começou a regredir.



Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 30 de março de 2011

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