LÍBIA (25º) - Na votação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) feito no dia 17 de março, com a proposta da criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, o Brasil se absteve de votos.
A representante do Brasil na ONU, Maria Luiza Viotti disse que o “voto não deve de maneira alguma ser interpretado como endosso do comportamento das autoridades líbias ou como negligência para com a necessidade de proteger a população civil e respeitar os seus direitos.”
A decisão sobre a criação de uma zona de exclusão aérea inclui a adoção de todas as medidas necessárias para “proteger civis e áreas habitadas [por civis]” de todas as forças leais ao regime do presidente líbio, Muammar Gaddafi.
Preocupação
A embaixadora fez lembrar que o “Brasil é solidário com todos os movimentos da região que expressam suas reivindicações legítimas por melhor governança, maior participação política, oportunidades econômicas e justiça social.”
Ela acrescenta que é “condenado o desrespeito das autoridades líbias para com suas obrigações à luz do direito humanitário internacional e dos direitos humanos,” e expressa preocupações.
“O Brasil está profundamente preocupado com a deterioração da situação na Líbia. Apoiamos as fortes mensagens da Resolução 1970, adotada por consenso por este conselho. O governo do Brasil condenou publicamente o uso da violência pelas autoridades líbias contra manifestantes desarmados e exorta-as a respeitar e proteger a liberdade de expressão dos manifestantes e a procurar uma solução para a crise por meio de diálogo significativo.”
Declarações
Depois de manifestações contra o regime do ditador, Gaddafi urgiu seus partidários a “pegar em armas” e lutar para que a cidade não seja deixada “refém nas mãos de um punhado de loucos.”
Em uma declaração anterior, o líder imprevisível da Líbia prometeu brigar para reter poder até sua última gota de sangue.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas passou a considerar, desta maneira, uma zona de exclusão aérea na Líbia em que até a própria Liga Árabe foi a favor.
Os cristãos na Líbia oram pelo país, segundo Dom Giovanni Innocenzo Martinelli, vigário Apostólico de Trípoli. Ele afirmou que os cristãos no país “têm tido mais coragem, porque o fato de orarem juntos dá força.”
Cristãos no Reino Unido também estão orando por seus “irmãos e irmãs” na Líbia. A Arab World Ministries (AWM), ministério que espera que depois de tudo resolvido, os cristãos estejam mais livres para aprender mais sobre a fé cristã e para orar.
“No mês de fevereiro, os cristãos do Egito e da Tunísia se uniram em oração, e nós devemos orar da mesma forma pela Líbia,” afirmou o porta-voz da AWM.
Postado em 22 de março de 2011
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