Propagandas com conteúdo religioso parecem estar em alta no mercado americano. Porém, a campanha que incentiva a leitura da Bíblia não será vista pelos americanos que ligarem a TV no final de semana para acompanhar o Super Bowl, final do campeonato de futebol americano.
O canal Fox Sports se negou a exibir um comercial que desafia os fãs de esporte: “leia João 3:16″ [no original, Lookup 316]. Trata-se de uma referência bíblica que tem sido parte da cultura esportiva nos Estados Unidos há décadas.
Não é difícil ver cartazes e faixas com esses dizeres em estádios de futebol, quadras de basquete ou campos de baseball. O capitão do Denver Broncos, Tim Tebow, ficou famoso por escrever a passagem abaixo do olho, comum entre os jogadores de futebol americano.
O órgão que regulamenta o futebol, a NFL proibiu manifestações de cunho religioso por parte dos jogadores, decisão que a FIFA também tomou há alguns anos. Porém, a iniciativa de associar o esporte com a Bíblia deve-se a uma convicção dos idealizadores que o telespectador americano médio não sabe o que a referência significa.
Ao produzir este comercial, a Fundação Cristã Fixed Point espera incentivar os fãs de futebol a descobrir o que significa João 3.16 e pensar sobre o seu significado. O comercial termina divulgando um site lookup316, no qual o verso aparece junto com uma explicação simples.
O site não tenta vender nada, nem pede doações, ou sequer tem uma conotação política. A ideia é simplesmente incentivar as pessoas a encontrar uma fonte de esperança e compreender o propósito da vida.
O Fox Sports rejeitou o comercial alegando que divulgava uma “doutrina religiosa”. No entanto, ao mesmo tempo veiculará anúncios publicitários com trailers de filmes violentos ou com conteúdo sexual. Ao censurar as mensagens religiosas, não permitem que os telespectadores decidam sozinhos se a mensagem é válida ou não.
Apesar da rejeição de veicular em rede nacional, a fundação Fixed Point decidiu transmitir em algumas regiões, começando com o estado do Alabama.
Postado em 03 de fevereiro de 2011
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