Tragédia ocorreu em janeiro de 2009, na sede mundial do bairro do Cambuci
Dois anos depois, feridos e parentes dos mortos no desabamento do teto da Igreja Renascer, em São Paulo, ainda esperam as indenizações. Duas mulheres obtiveram sentenças favoráveis de R$ 10 mil cada uma e teriam as despesas médicas pagas, mas um recurso suspendeu a decisão.
A tragédia ocorreu em janeiro de 2009, na sede mundial da organização religiosa na Avenida Lins de Vasconcelos, no bairro do Cambuci. No acidente, nove morreram e 117 ficaram feridos. Os laudos técnicos apontaram falhas estruturais no edifício, que tinha passado por reformas. Hoje, uma placa anuncia a reconstrução do templo.
Porém, a obra está embargada pelo Ministério Público e só poderá ser retomada após a adoção de algumas medidas, destacou a promotora de Habitação e Urbanismo, Mabel Tucunduva, em entrevista à Rádio Bandeirantes. “Nós defendemos, através de uma ação civil pública, que eles poderiam até reconstruir o templo, mas deveriam respeitar as leis de uso e ocupação do solo. Ter recuo, vagas suficientes para as pessoas que fossem aos cultos, obras nos sistemas viários para diminuir o impacto no trânsito. Eles têm de fazer um templo que respeitem os direitos das pessoas que moram em volta e da cidade também”, afirmou.
A Justiça ainda não decidiu se o comando da igreja é responsável criminalmente pelas lesões e pelas mortes. O presidente da Renascer, Bispo Gê, é deputado federal e tem foro privilegiado. Por isso, o processo está no STF (Supremo Tribunal Federal) e não tem prazo para conclusão.
Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 16 de fevereiro de 2011
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