EGITO (19º) - Os cristãos egípcios têm sido chamados para cooperar com os muçulmanos e assim garantir a igualdade de direitos à minoria, enquanto a nação começa seu processo para formar novo governo.
Apesar da renúncia na semana passada do presidente Hosni Mubarak ter sido vontade da nação, o passo seguinte é o que realmente conta, segundo afirmação do jesuíta Samir Khalil Samir, um egípcio especialista no islã e assessor da Igreja Católica sobre as relações entre muçulmanos e cristãos.
Em uma entrevista à Agência Católica de Notícias, ele assinalou que uma reforma constitucional era necessária para “ajudar as pessoas a viverem um pouco mais humanamente.”
“Talvez depois de ter passado por um regime autoritário, as pessoas realmente tratem de fazer algo mais democrático,” disse.
Uma mostra da solidariedade entre cristãos e muçulmanos durante os recentes protestos demonstrou ser um sinal de “esperança do Egito,” disse Samir. “Os cristãos e os muçulmanos estavam juntos. Não havia nenhum apelo extremo ao islã.”
No entanto, ele reconheceu que sempre existirá um impulso pela islamização no Egito, já que é uma nação predominantemente muçulmana.
Alaa Setyan, advogado de direitos humanos com experiência em defesa dos membros minoritários nos casos de brutalidade política, expressou sua preocupação pelos direitos de todos os cidadãos, incluindo os cristãos.
“Temo pelos direitos de todas as pessoas, muçulmanos e cristãos. Temo que sejam tratados injustamente; mas creio que todos somos iguais e cada um deve ter seus direitos independente da sua forma de pensar, seja qual for a sua religião,” afirma o advogado.
Enquanto os militares governam o período de transição do Egito, Samir afirmou que os cristãos devem estar “muito nevolvidos na sociedade, no mundo político, social e econômico da nação.”
Ele assinalou a igualdade no mercado de trabalho, a capacidade de obter permissões para construir Igrejas e a liberdade dos egípcios de converterem-se ao cristianismo sem a ameaça de danos, como as principais áreas da comunidade cristã.
“O ponto principal é este: que todos estejamos sob a mesma regra,” disse.
O Conselho Supremo de Forças Armadas recebeu o poder de Murabak depois que ele partiu e já começou a dissolução das câmaras alta e baixa do parlamento.
O órgão legislativo temporal executará os assuntos do país até que um novo presidente seja eleito, e tem prometido aos cidadãos um referendo sobre as reformas constitucionais.
Postado em 16 de fevereiro de 2011
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