UNIÃO EUROPEIA - Os ataques contra muçulmanos e cristãos no Oriente Médio levaram a União Europeia (UE) a uma discussão sobre liberdade religiosa, e a última segunda (21), ela denunciou ataques antirreligião.
Na tentativa de incluir o cristianismo como uma das religiões potencialmente ameaçadas, não foi bem sucedida na reunião em janeiro, quando os ministros das relações exteriores falharam em concordar tal declaração e incomodando a Itália.
Apesar dos cristãos representarem cerca de um terço da população mundial, os ataques contra eles têm sido frequentes: Uma série em dezembro no Egito e Iraque, na Nigéria e nas Filipinas.
A UE iniciou um debate sobre a violência religiosa após um ataque a uma igreja cristã copta no norte do Egito no final de dezembro deixou 23 pessoas mortas e dezenas de feridos.
A declaração emitida pelo chanceler da UE depois de uma reunião em Bruxelas, não cita as recentes turbulências no Egito, que são o estopim da renúncia de Hosni Mubarak, e descreveu a liberdade de manifestar a fé religiosa como um direito humano, além de condenar todas as formas de discriminação.
"O Conselho manifesta a sua profunda preocupação com o crescente número de atos de intolerância religiosa e discriminação... contra os cristãos e seus locais de culto, muçulmanos e outras comunidades religiosas, que condena com firmeza", disse o comunicado.
O ministro das relações exteriores da Itália, Franco Frattini, declarou no mês passado que a falta de uma referência do cristianismo apresentou um "excesso de secularismo" dentro da UE.
A UE afirma que fará o possível em defesa pela liberdade de fé religiosa, porém cabe primariamente aos Estados a proteção dos seus cidadãos.
"Todas as pessoas pertencentes a comunidades e às minorias religiosas devem ser capazes de praticar a sua religião e cultuar livremente, individualmente ou em comunidade com outros, sem medo de intolerância e ataques", declaram os ministros.
Postado em 25 de fevereiro de 2011
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